Um filhote de golfinho-pintado-do-Atlântico se perdeu da mãe e acabou encalhado na praia de Itamambuca, em Ubatuba. Ele foi encontrado por banhistas que acionaram imediatamente o corpo de bombeiros e o Instituto Argonauta.
O animal estava debilitado, hipotérmico e não conseguia mais nadar sozinho. Por isso, foi transferido para o Centro de Reabilitação e Despetrolização do Instituto Argonauta, no último domingo (28).
O filhote de golfinho mede 1,3 metro e pesa aproximadamente 22 kg. Agora, o animal continua em tratamento em uma piscina apropriada para a espécie, onde faz os exames necessários, com monitoramento, medicação e alimentação 24 horas.
A equipe do instituto não sabe precisar o motivo pelo qual o filhote se perdeu da mãe, mas afirma que não é a primeira vez que acontece.
Golfinho-pintado-do-Atlântico
Os Golfinhos-pintados-do-Atlântico são animais de pequeno porte, alcançando até 2,3 metros de comprimento. As fêmeas pesam entre 39 e 127 Kg e os machos entre 50 e 143 Kg. Sua dieta é carnívora, alimentando-se de diversas espécies de peixes, lulas, e crustáceos.
A coloração corporal é cinza-clara, de dorso mais escuro. A pele possui um aspecto todo pintado, de manchas escuras onde é mais claro e manchas claras onde é mais escuro. Já as pintas surgem à medida que se tornam adultos.
Esta espécie é endêmica do oceano Atlântico, Golfo do México e Caribe. Vivem preferencialmente próximos à costa. No Brasil, existem registros no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Ceará.
Mesmo com poucos dados sobre seu status de conservação, o Golfinho-pintado-do-Atlântico sofre muito com a interferência humana, devido a seus hábitos preferencialmente costeiros. Alguns exemplos de impactos antrópicos são: pesca acidental, aquecimento global, poluição marinha e perda de habitat.