Desaparecimento de helicóptero completa uma semana

Continua desaparecido o helicóptero que saiu de São Paulo com destino ao Litoral Norte, no dia 31 de dezembro de 2023. Apesar das buscas incessantes, o paradeiro da aeronave ainda é desconhecido. Além do piloto, Cassiano Tete Teodoro, três passageiros estavam a bordo: Raphael Torres, Luciana Marley Rodzewics Santos, de 46 anos, e sua filha, Letícia Ayumi Rodzewics Sawunoto, de 20.

O helicóptero decolou por volta das 13h10 do Campo de Marte. Pouco depois das 15h, Letícia mandou mensagem em aplicativo de conversas acompanhada de um vídeo rápido para o namorado, onde dizia que uma forte neblina os forçava a voltar para São Paulo. Em seguida, disse que haviam pousado no meio do mato e, posteriormente, que iriam insistir em chegar à Ilhabela, apesar de toda a neblina.

O empresário Raphael Torres, de 41 anos, enviou também uma mensagem de voz ao filho na tarde de domingo (31). Ele avisou do mau tempo em Ilhabela e que havia uma chance de pousarem em Ubatuba.

As buscas pelo helicóptero

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As buscas continuam (Foto: FAB/Divulgação)

Desde o desaparecimento do helicóptero, as buscas são feitas pelo SC-105 Amazonas, do Esquadrão Pelicano da Força Aérea Brasileira (FAB). No sábado, o helicóptero militar de médio porte chamado Black Hawk colaborou nas buscas. A aeronave é própria para missões de resgate, busca e salvamento.

Entretanto, não se trata de um trabalho fácil. A área total das buscas é de aproximadamente 5 mil metros quadrados, em uma região de Mata Atlântica densa e com muita neblina. Além disso, o helicóptero é cinza e pequeno.
De acordo com a Defesa Civil, as aeronaves procuram em Natividade da Serra, Caraguatatuba e São Luis do Paraitinga. O celular de Letícia, durante 24h transmitiu sinal em algum ponto da região.

O piloto

O piloto do helicóptero, Cassiano Tete Teodoro, é conhecido no meio por transportar famosos, porém, em janeiro de 2020, precisou fazer um pouso forçado na Avenida Brigadeiro Faria Lima, coração financeiro de São Paulo. Ninguém se feriu.

Em 2021 teve sua licença e habilitação cassadas por dois anos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Dentre os motivos estão evasão de fiscalização; fraudes em planos de voos; assim como práticas envolvendo transporte aéreo clandestino.

Segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o helicóptero não tinha permissão para o serviço de táxi aéreo. A aeronave está em nome de Izaura Tete Teodoro, mãe de Cassiano, e a empresa RGI Locações LTDA. A operação feita por CBA Investimentos LTDA, pertencente a Izaura, Cassiano e o pai do piloto, José Teodoro Sobrinho.

Desde outubro do ano passado, o piloto conseguiu a liberação da documentação para vôos não fretados.

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