A denúncia de que ao menos duas pessoas morreram por falta de oxigênio, no hospital de São Sebastião, agora também é investigada pela Polícia Civil. O inquérito policial foi instaurado nesta quinta-feira (4), na Delegacia de Investigações Gerais (DIG), a pedido do Ministério Público.
Diligências já estão sendo realizadas visando apurar as causas das mortes e as responsabilidades. Não há prazo determinado para conclusão do inquérito, que está sob sigilo.
Uma das duas vítimas citadas na denúncia é Sidney Grillo, que morreu, aos 63 anos, no dia 10 de dezembro. Ele era dono da Rádio Massa Litoral Norte, e morava em Caraguatatuba. O óbito do empresário é um dos cinco registrados em São Sebastião como de não-residentes.
A outra vítima foi identificada apenas como João Alfredo, que morreu no dia seguinte. A reportagem não encontrou informações sobre esse óbito.
Além de falhas no sistema de oxigênio a pacientes da UTI, a denúncia relatada ao Ministério Público afirma que “é possível associar o óbito de determinados pacientes à falta de medicação anticoagulante”.
Segundo o MP, funcionários contaram que a equipe seria coagida a não divulgar os problemas, “sob pena de diminuição dos salários e até mesmo substituição por outros profissionais”.
Já a administração do hospital informou ter aberto procedimento para “apurar os fatos e as responsabilidades quanto à propagação de notícias falsas”.