Tubarão-baleia de 10 metros é registrado em Ilhabela

Um tubarão-baleia, com cerca de 10 metros de comprimento, foi avistado próximo à ilha da Serraria, em Ilhabela, na última terça-feira (28). O registro subaquático do animal, que corre risco de extinção, foi feito pela equipe do Instituto Argonauta para Conservação Costeira e Marinha.

“O registro de tubarão-baleia na região é um fato importante, já que ainda existem poucas informações relacionadas a aspectos ecológicos e biológicos deste animal em todo o mundo”, comemora a bióloga Carla Beatriz Barbosa.

O tubarão-baleia

O tubarão-baleia representa a maior espécie de peixe do mundo. Ao contrário da maioria das espécies, atua como um filtrador, alimentando-se de plâncton e pequenos peixes como anchovas e sardinhas. Ele é extremamente dócil e inteligente e não representa perigo para os seres humanos.

A espécie pode alcançar até 12 metros de comprimento e pesar 12,5 toneladas. Com aparência semelhante à de uma baleia, o tubarão é conhecido pela cabeça achatada e boca grande, cuja abertura pode atingir até 1,5 metro, quase a largura total de seu corpo.

No Brasil, a espécie não tem importância comercial e a captura e desembarque são proibidos por lei. “Estão proibidas de serem capturadas, exceto para fins científicos, mediante autorização especial do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)”, diz a instrução normativa.

Espécie em risco

Tubarão-baleia avistado em Ilhabela
Tubarão-baleia avistado em Ilhabela (Imagem: Instituto Argonauta)

Na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção (IUCN), o tubarão-baleia tem um status em perigo ou, em inglês, endangered (EN): quando a melhor evidência disponível indica que uma espécie provavelmente será extinta num futuro próximo.

Este é o segundo estado de conservação mais grave para as espécies na natureza. De acordo com o portal O Eco, 3.219 animais e 3.009 plantas estão ameaçadas de extinção em todo o mundo.

“É importante o registro e divulgação sobre a preservação do Litoral Norte, que possui uma rica biodiversidade”, comenta o oceanógrafo e presidente do Instituto Argonauta, Hugo Gallo.

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