O Porto de São Sebastião voltou a embarcar cargas de açúcar para exportação internacional, após 15 anos. Segundo a Companhia Docas, responsável pelas atividades, a expectativa é embarcar 200 mil toneladas em 2020. A nova fase da operação deve gerar cerca de 400 empregos na região.
Nesta quinta-feira (2), acontece o segundo embarque de carga de açúcar este ano, que segue até sexta (3), quando parte com destino à Matabi, no Congo. Serão 17,3 mil toneladas, no Navio Mel Pride. No mês de junho, foram 75 mil toneladas de açúcar ensacado para a África e o Mediterrâneo.
A movimentação de açúcar começou na segunda quinzena de maio e o primeiro carregamento de 15 mil toneladas, com destino à Gâmbia (África), teve início no dia 6 de junho e término do dia 13.
“O açúcar embarcado em São Sebastião vem do interior do Estado de São Paulo. O cliente exportador procurava uma opção além do Porto de Santos e viu em São Sebastião uma oportunidade. Conseguimos desenvolver o projeto e ajustar os custos de forma aderente à necessidade dele”, informou Rafael Della Guardia, diretor da Proporto, operadora portuária que intermedia a exportação.
Segundo ele, o sistema e embarque em navios Break-Bulk proprociona menor fila de atracação e custos aceitáveis, ampliando a competitividade do negócio.
Crescimento na pandemia
O Porto de São Sebastião teve um aumento de 3,6% na movimentação de cargas durante a pandemia. Entre março e maio deste ano, foram transportadas 144 mil toneladas de cargas diversas, contra 139 mil toneladas no mesmo período de 2019.
Além disso, Rafael explica que a ampliação da movimentação no Porto com o açúcar injeta capital na economia local, gera impostos para o município, amplia a cadeia de fornecedores e os investimentos. “Tudo isso em um momento muito delicado que vivemos por conta da pandemia. Veio como um alento para muitas famílias. Nossa expectativa é que essa operação veio pra ficar. Sabemos que o agronegócio vive de ciclos e entendemos que é um momento muito positivo para o açúcar, de qualquer forma, esperamos poder manter essa operação por muitos anos”.
Paulo Oda, presidente da Cia Docas de São Sebastião, explica que o Porto tem mantido toda a sua operação e não parou em nenhum momento mesmo diante da pandemia do coronavírus, mas empre manteve os protocolos de saúde. “Isso foi possível graças à adoção de todas medidas sanitárias para garantir a proteção à saúde dos portuários como uso de máscara obrigatório, disponibilização de dispensers de álcool em gel, medição de temperatura na entrada, sanitização a cada seis horas, entre outras ações”, explica P