Comerciantes de vários segmentos de Ilhabela realizaram um protesto em frente à prefeitura na manhã desta sexta-feira (8). Houve necessidade de chamar a Polícia Militar para controlar os ânimos.
Os manifestantes buscam apoio do governo com ações que podem ajudar as empresas a enfrentarem a crise causada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) antes que seja preciso demitir funcionários ou declarar falência.
Depois do tumulto na entrada, os comerciantes exigiram falar com a prefeita Maria das Graças Ferreira, a Gracinha, e uma comissão foi montada.
O grupo já havia entregue um documento à Prefeitura de Ilhabela, assinado em conjunto pela Associação Comercial e Empresarial de Ilhabela (ACEI), Conselho Municipal do Turismo (Comtur), Convention & Visitors Bureau e também pela Câmara de Ilhabela.
O setor econômico do arquipélago pleiteia linhas de crédito municipais voltadas para o Microempreendedor Individual (MEI), Micro Empresa (ME), Empresa de Pequeno Porte (EPP), profissionais liberais e autônomos que possuem alvará de funcionamento expedido pela prefeitura.
Querem, ainda que os juros dos empréstimos sejam de, no máximo, 4% ao ano, com carência para início de pagamento de 12 meses, subsídio de salários de empregados registrados, auxílio aluguel.
Eles pleiteiam,da mesma forma, a isenção de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto Sobre Serviços (ISS), taxas de fiscalização e de ocupação de mesas e cadeiras pelo prazo de duração do decreto municipal que institui a quarentena contra o novo coronavírus (Covid-19).
De acordo com o grupo, a saúde sempre será prioridade e o objetivo não é forçar a reabertura do comércio, mas sim encontrar soluções para que no final da pandemia, as empresas não sejam obrigadas a decretar a falência, agravando ainda mais a retomada da economia na cidade.
Nota da Prefeitura de Ilhabela
Os integrantes da comissão formada por quatro comerciantes se encontraram com a prefeita Gracinha, o secretário de Governo, Luiz Lobo, além dos vereadores Marquinhos Guti (presidente da Câmara), Valdir Veríssimo, Luizinho Paladino, e Gabriel Rocha.
Segundo a Prefeitura, o grupo se reuniu para tirar dúvidas e tomar ciência o Projeto de Lei que deve contemplar a classe com os pedidos pleiteados. O documento seguirá para aprovação da Câmara.
Conforme a prefeita, o projeto foi concluído agora porque o parecer do jurídico foi apresentado na quinta-feira, o que possibilitou a elaboração do atual projeto de lei.