Após manifestação realizada pelas ruas do Centro Histórico que terminou em frente ao Paço Municipal, ambulantes de São Sebastião conseguiram a promessa do prefeito Felipe Augusto de terão ressarcimento da taxa anual que já pagaram. Eles ainda devem receber uma cesta básica.
Mas a categoria não ficou por toda satisfeita porque não conseguiram um auxílio emergencial que buscaram junto ao governo municipal
Na terça-feira (12) de manhã dezenas de ambulantes foram à Câmara Municipal pedir apoio dos vereadores. Após horas esperando no Paço, uma comissão formada por quatro integrantes da Associação de Vendedores Ambulantes de São Sebastião (AVASS) sentou com o prefeito.
Na reunião, Felipe Augusto mostrou decreto onde prevê a prorrogação do prazo das licenças dos comerciantes ambulantes e o ressarcimento de taxas de renovação já recolhidas este ano, cerca de R$ 1,2 mil de cada um dos cerca de 3 mil que existem na cidade.
Conforme ele, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Social fez o cadastro de todos em situação de vulnerabilidade e informou que começaria hoje a distribuição de cestas básicas para o segmento.
Para o presidente da Avass, Adilson Luiz dos Santos, a categoria esperava apoio. “Fomos pedir a liberação para trabalharmos nas praias, mas a alegação é que não poderia devido à quarentena (pela pandemia do novo coronavírus – Covid-19)”.
Segundo ele, a maioria dos ambulantes também não consegue se cadastrar no programa de auxílio emergencial do governo federal que só aparece ‘em análise’, por isso foram pleitear uma ajuda de custo para a administração municipal. “Mas a resposta do prefeito é que o município não tem dinheiro”, lamentou.
À espera
A ambulante Joana Passos reclamou do atendimento. “Ficamos mais de cinco horas embaixo do sol, sem comida, sem água, esperando para ser atendidos pelo prefeito. Ele falou que vai dar a taxa, mas na verdade vai ressarcir o que já pagamos e não pudemos nem trabalhar nesses quase 60 dias”.
Ainda segundo ela, o prefeito também ficou de liberar o teste rápido para aqueles que quiserem fazer a testagem contra o novo coronavírus. “Mas nós vamos trabalhar agora para quem? Os caranguejos? Já perdemos todos os feriados prolongados e os turistas ficam nas praias e nós somos retirados pela fiscalização”.
Em relação a recursos a serem passados para a categoria de ambulantes, inclusive pagos pela Amistel, Joana conta que não acredita nesta possibilidade porque, novamente, o prefeito Felipe Augusto disse que a administração está sem recursos.