Os vereadores de Ubatuba aprovaram, nesta terça-feira (16), o projeto de Reginaldo Bibi (MDB) que prevê a volta da disciplina de Educação Moral e Cívica nas escolas da rede municipal. O único voto contrário foi de Claudnei Xavier (PSDB), que considera um retrocesso, já que remete ao período da ditadura militar. Manoel Marques (PT) se absteve da votação. A decisão segue agora para o prefeito Delcio Sato (PSD).
“Isso é do tempo do militarismo em que eles queriam se impor ou fazer a população aderir às propostas deles. Essa disciplina é uma volta ao passado, aos tempos do regime militar, um projeto fora de época, de um período que temos que passar borracha nele”, enfatizou Claudinei.
O parlamentar alega ainda que dados históricos devem ser aprendidos nas aulas de História. Além disso, ele lembra que por ser parte da grade do Ciclo II do Ensino Fundamental, a matéria deveria ser responsabilidade do Estado. “Então vem trazer mais um peso ao município que cuida do ciclo I, que cuida da alfabetização, e vai ter que adaptar mais essa matéria às crianças”, argumentou.
Por outro lado, o autor do projeto foca sua defesa da proposta “ao ver falhas no cumprimento de outra lei também de sua autoria que obriga a execução dos hinos de Ubatuba e Nacional”. Ricardo Cortes mencionou ainda a necessidade de incentivar “valores do nacionalismo como em outros países e vê absorção falha de dados históricos como Guerra do Paraguai ou Inconfidência Mineira. Mal sabemos quem foi Pedro Álvares Cabral”, afirma.
Visão nas escolas
Na mesma sessão também foi aprovado o projeto de Ricardo Cortes (PSC), que torna obrigatório o serviço de oftalmologia às crianças, em caráter preventivo contra problemas de aprendizado. O projeto foi aprovado por oito votos e uma rejeição do mesmo vereador. Desta vez, Claudnei mostrou-se contrário por entender que esses serviços já estão disponíveis na rede de ensino municipal, desde as creches. “Assim, também essa proposta vem impor um peso a mais pro município”.
Já o Dr. Ricardo citou reclamações recentes de pais de crianças com necessidades especiais, como autistas, que exigem presença de especialistas como fonoaudiólogos, neuro, terapeutas ocupacionais em escolas-clínicas e disse que mesmo onde se prestam serviços especializados como na Unir, esse serviços estão parados há dois meses por falta de espaço.