Aquabus deve começar a circular em junho; investimento foi de R$ 4,4 mi

População de Ilhabela está ansiosa para o retorno do transporte marítimo na cidade

Primeiro Aquabus chegou em fevereiro (Foto: Ronald Kraag/ Divulgação)



Por Daniela Malara Rossi

A
terceira embarcação do Aquabus está prevista para chegar a Ilhabela nas
próximas semanas e o transporte de passageiros deve começar no
mês de junho. As informações são da prefeitura da cidade, que pretende
oferecer um serviço integrado com o sistema de ônibus, por meio do bilhete único.

O projeto é subsidiado pelo município e a aquisição dos três barcos geraram um gasto de R$ 4,4 milhões aos cofres públicos, mas a intenção é terceirizar a operação. A empresa responsável ainda não foi definida e, ainda de acordo com a prefeitura, o processo para escolha da companhia de transporte está em fase de elaboração do edital. O custo mensal para realização do transporte está avaliado em R$ 200 mil por embarcação.

A população do arquipélago está ansiosa pela inauguração do serviço. A costureira Dulcirema de Souza Silva, de 58 anos, conta que utilizava o antigo transporte marítimo, feito por lanchas, na década de 1970, quando ainda nem existiam linhas de ônibus por terra. “Hoje é necessário ter os dois tipos de transportes em uma ilha, tanto para desafogar o trânsito da alta temporada, como para nos dar outras alternativas de chegar ao trabalho no dia a dia. Além disso, é muito mais gostoso se locomover pelo mar, espero que a iniciativa dê certo”, analisa ela.

As três embarcações levam nomes de caiçaras tradicionais do arquipélago, que foram pioneiros no setor marítimo. Décio
Cardial será o próximo homenageado. A primeira embarcação foi denominado Zé de Alício e a segunda, Elpídio Sampaio. Cada uma possui capacidade para 60 pessoas sentadas, sistema
de ar-condicionado e TVs de tela plana. Os barcos contam, ainda, com banheiro unissex, acessibilidade, janela panorâmica e espaço para pranchas e bicicletas.

Travessia
O primeiro sistema de transporte coletivo via mar também fazia a travessia dos passageiros para São Sebastião e a
ideia do prefeito, Antônio Colucci, é municipalizar o trajeto, bem como era feito antes da implantação
do serviço da Balsa. “Inicialmente a embarcação vai transitar entre as
praias da ilha, conforme a finalização dos píeres de atracação, mas sempre deixamos claro que se o Estado sinalizar
positivamente, podemos expandir para o serviço de travessia ao
continente”, já declarou o prefeito.

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