Acusado de matar filha e abandonar corpo no Ubatumirim se entrega

Silvério Lúcio Ribeiro ficou um ano escondido e confessou os crimes

Silvério Ribeiro (esquerda) se entrega (Janaina Ribeiro/Especial para AAN/Divulgação)



Por Mara Cirino


Um ano após o crime que chocou Ubatuba, o supervisor de
informática Silvério Lúcio Ribeiro, 38 anos, se entregou à Polícia Civil em
Campinas. Ele é acusado de matar a ex-mulher Rosângela Marques dos Santos, 31
anos, e a filha deles, Alícia Marques Ribeiro, 3 anos.

O primeiro crime ocorreu em Hortolândia, onde Rosângela vivia, na manhã do dia 4 de maio de 2014. À tarde, um pescador encontrou o
corpo da pequena Alícia na praia do Ubatumirim, região norte de Ubatuba. A
garota foi esfaqueada e por pouco o pai não a degolou.

À polícia do 1º DP de Campinas, Ribeiro teria contado que
estava com depressão e bebendo muito, mas não disse o que o motivou aos
assassinatos e nem onde se escondeu nos últimos 12 meses. Falou ainda também que
estava bastante arrependido. Ele está preso na cadeia anexa ao 2º DP
(Distrito Policial).

De acordo com o delegado de Ubatuba, Fausto Cardoso, o
inquérito já foi encerrado e remetido à justiça e deve ser encaminhado o pedido
de prisão do acusado. “Não temos mais o que fazer porque o caso foi encerrado e
agora está nas mãos da justiça”.

Entenda o caso
No final daquela tarde de segunda-feira, 4 de maio, o corpo
da menina Alicia foi encontrado pelo pescador Darwin Teixeira, 38 anos, na
praia do Ubatumirim, próximo a uma caçamba de lixo onde ele catava materiais
recicláveis. Ela estava com pescoço cortado, em uma cadeira de carro, com todos
os pertences em uma bolsa.

Na ocasião, foi apontada a ligação com a morte ocorrida pela
manhã, em Hortolândia onde, posteriormente, foi constatado que a vítima era
ex-mulher do acusado que teria cometido e crime e fugido com a filha.

Silvério Lúcio Ribeiro teria esfaqueado Rosangela dos Santos
na residência dela, na Rua das Codornas, no bairro Santa Amélia. A polícia a
encontrou caída no chão do quarto, ao lado da cama, sem roupas e com hematomas
e ferimentos no rosto, braço esquerdo e peito.

Uma testemunha teria contado aos policiais que ouviu Rosangela
pedir socorro por volta das 6h e ao verificar o que poderia ter ocorrido, o
ex-marido da vítima teria aberto a porta da casa e informado que a ex-mulher
teve uma convulsão e que iria levá-la ao hospital. Depois de 15 minutos ela
teria ouvido o barulho do carro e foi à residência que estaria com o portão e a
porta abertos.

Segundo a polícia, a testemunha, parente da vítima, teria
entrado na casa e encontrado Rosangela morta. Ela levou dois golpes fatais,
sendo o primeiro no pescoço e o segundo acima do seio esquerdo. Outros golpes,
menos profundos, também foram dados na região da cabeça, peito e braço
esquerdo. 

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