A Polícia Militar Ambiental Marítima apreendeu, nesta quarta-feira (15/10) cerca de 59 quilos de Pepino-do-Mar (Isostilhopus Badionotus), equivalente a 3.500 espécimes. Os animais estavam armazenados em uma casa localizada no bairro Silop, em Ubatuba. Há suspeita de relação com tráfico internacional de produtos e subprodutos da fauna marinha, por isso a Polícia Federal também foi acionada.
A apreensão ocorreu após a equipe da 5ª Companhia Ambiental Marítima, do 3º Batalhão de Polícia Militar Ambiental, receber denúncia de possível armazenamento e beneficiamento irregular de fauna marinha.
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No local, as equipes constataram a existência de um espaço destinado à secagem e processamento do produto, contendo estufas de madeira com aquecedores adaptados, balanças de precisão, exaustores, seladora plástica e outros materiais utilizados para o beneficiamento do pescado.
Diante da situação, a Vigilância Sanitária de Ubatuba foi acionada e elaborou auto de infração sanitária devido às condições inadequadas de manipulação e armazenamento dos produtos. O responsável encontrado no local foi autuado administrativamente com multa de R$ 6.720,00 e conduzido ao Distrito Policial, onde teve a prisão em flagrante ratificada pela autoridade policial.
Os policiais verificaram que o produto estava sendo preparado para comercialização irregular, possivelmente adquiridos de pescadores da região de Paraty (RJ) e revendidos para outras localidades do Estado. Segundo o órgão, o pepino-do-mar é uma espécie criticamente ameaçada de extinção, conforme a Portaria do Ministério do Meio Ambiente (MMA) nº 445/2014.
Parte do material apreendido foi encaminhada à Polícia Federal, que investigará possível relação com tráfico internacional de produtos e subprodutos da fauna marinha no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Outra amostra será analisada pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP) para fins científicos.

A Polícia Militar Ambiental ressalta que o pepino-do-mar desempenha papel essencial no equilíbrio ecológico dos ecossistemas marinhos, sendo responsável pela filtragem de sedimentos e pela manutenção da qualidade do ambiente bentônico. Sua captura e comércio sem autorização configuram grave crime ambiental.



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