Duas mil calotas são recolhidas mensalmente na Rodovia Oswaldo Cruz (SP- 125), no trecho que compreende os quilômetros 79 a 86, na cidade de Ubatuba. Esses são os números do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), órgão responsável pela retirada de calotas que se desprendem dos veículos e são abandonadas na estrada.
Ainda segundo o departamento, semanalmente, cerca de 10 funcionários trabalham para recolher as centenas de calotas acumuladas na lateral da pista.
Durante o período de dezembro de 2023 a fevereiro de 2024, estima-se que o tráfego médio diário na região foi de aproximadamente 4,4 mil veículos.
Segundo o DER, as calotas se soltam devido à inclinação da pista e ao uso excessivo dos freios no trecho da Serra do Mar.
O trecho da Serra do Mar, onde a rodovia se localiza, é caracterizado por sua topografia acidentada, com subidas e descidas acentuadas. Essa inclinação pode levar a um maior estresse nas peças de fixação das calotas, que são componentes usados para cobrir as rodas dos veículos. Quando a pista é inclinada, há uma maior pressão sobre essas peças, aumentando a probabilidade de se soltarem.
Por outro lado, o uso constante e intenso dos freios é comum em estradas com muitas ladeiras, como na Serra do Mar. Quando os motoristas precisam frear com frequência e de maneira abrupta, o calor gerado pelo sistema de frenagem pode afetar não apenas o desempenho dos freios, mas também a estabilidade das calotas, contribuindo para que elas se desprendam.
O DER informou, por fim, que as calotas recolhidas são destinadas a um ponto de coleta seletiva, contribuindo para a correta destinação dos resíduos gerados pela atividade. A contínua atuação da equipe visa não apenas a conservação da rodovia, mas também a segurança dos motoristas que transitam pela região.