A Prefeitura de São Sebastião publicou mais 54 nomeações, na noite da última segunda-feira (19), que se somam às outras nove de sexta (16). Ao todo, foram preenchidos 63 cargos comissionados desde que o juiz Guilherme Kirschner proibiu que o prefeito fizesse novas nomeações. Desse total, apenas nove cargos foram ocupados por servidores concursados.
A estrutura administrativa da Prefeitura agora foi inchada por mais 26 chefes, 26 assessores, seis diretores e três coordenadores. A reportagem calculou que o impacto na folha de pagamento, somente com essas últimas nomeações, é de R$ 305 mil mensais aos cofres de São Sebastião. O valor é a soma dos salários-bases, sem considerar encargos sociais, benefícios e gratificações.
Para a promotora Janine Rodrigues, os cargos são utilizados como “moeda de troca” visando “angariar votos em eleições”. Ela pede a condenação do prefeito por improbidade administrativa.
Na terça-feira (20), os advogados de Felipe entraram com uma ação, no Tribunal de Justiça, tentando o reconhecimento da legalidade dos cargos. “Todos os cargos são ocupados por pessoas qualificadas e que desempenham funções imprescindíveis para a administração pública de São Sebastião”, sustentam os advogados.