Uma força-tarefa composta pelo Ministério Público, Polícia Ambiental e Vigilância Sanitária desarticulou, nesta terça-feira (25), um esquema criminoso de extração, processamento e venda ilegal de palmito juçara.
A ‘Operação Juçara’ revelou que o produto, retirado de áreas de preservação ambiental, era manipulado em fábricas clandestinas sem qualquer condição sanitária antes de chegar à mesa do consumidor.
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Segundo as investigações, o grupo atuava em duas frentes. Primeiro, invadia áreas protegidas no Vale do Paraíba e Litoral Norte para extrair o palmito in natura. O foco principal dos criminosos era o Parque Estadual da Serra do Mar, especificamente no Núcleo Santa Virginia, que abrange trechos de São Luís do Paraitinga e Caraguatatuba.
Após a extração predatória, a carga era transportada para galpões clandestinos em outros municípios. Nesses locais, o palmito era cozido, cortado e envasado em potes de vidro.
O MP alertou para o grave risco à saúde pública. As fábricas operavam sem licença e ignoravam normas básicas de higiene e segurança alimentar. O envasamento ocorria em ambientes insalubres, propícios à contaminação por bactérias nocivas, como a que causa o botulismo.
Para tentar dar a impressão de legalidade à mercadoria e dar aparência de legalidade ao negócio, os investigados constituíram empresas de fachada que simulavam atuar apenas como distribuidoras do produto final.
A operação apreendeu materiais e documentos que comprovariam a fraude e o crime ambiental. Os envolvidos poderão responder por crime contra as relações de consumo, organização criminosa e danos ambientais.
Ao todo, os agentes cumpriram oito mandados de busca e apreensão nas cidades de Juquitiba, Miracatu e Itapecerica da Serra