Após o incêndio ocorrido em outubro 2014 no casarão do final do século 18 e tombado pelo Patrimônio Histórico, a Casa Brasileira reabre suas portas no centro de São Sebastião nesta terça-feira (14). Na época, o fogo afetou o lado direito do sobrado e destruiu grande parte do acervo, entre obras de arte, mobiliário e painéis fotográficos.
O imóvel segue com trabalhos de recuperação e restauro para manter as características históricas do casarão tombado pelo Condephaat, mas o térreo foi liberado para as atividades do ponto de cultura.
“Hoje, o casarão é um espaço de construção de conhecimento, memória e valorização dos saberes tradicionais de comunidades quilombolas, indígenas e caiçaras participantes das ações do Instituto Mpumalanga”, celebra Adriana Saldanha, gestora da entidade.
Segundo ela, por ser um casarão histórico, as apresentações artísticas na Casa Brasileira criam uma atmosfera que remonta aos tempos antigos, fazendo com que a fruição aconteça tanto pelas artes quanto pela memória.
A fachada se destaca pelos ornamentos em forma de abacaxis — símbolos de riqueza e prosperidade que remetem aos séculos 17 e 18, quando eram associados à nobreza. Ao observar a construção, o visitante é transportado para outra época, envolvido pelos traços preservados da arquitetura que mantêm viva a memória histórica por meio do patrimônio edificado.
Programação
A reabertura acontece com a exposição gratuita ‘A Arte em Movimento’, composta por telas do artista visual Rubem Duailibi.
A programação no espaço prossegue com oficinas, cursos, podcasts, palestras, rodas de conversa, encontros literários e dois shows acústicos com as cantoras Denise Diniz (16/10), no show Samba da Bahia, e Indiana Nomma (23/10), com o show Nossa América Latina.
Também estará de volta o ‘Todas por Elas na Literatura’, grupo presencial de leitura de livros escritos por mulheres, com curadoria da escritora Janaína de Figueiredo As reuniões mensais serão retomadas a partir de 28 de outubro.
A novidade das rodas de conversa fica por conta do podcast Mulheres do Azul, encontro semanal com plateia e aberto ao público. Apresentado pela jornalista Priscila Siqueira, será uma troca de experiências sobre cultura e conservação dos territórios tradicionais do litoral, na visão das mulheres, toda quarta-feira, a partir de 15 de outubro. As primeiras convidadas são Neide Palumbo e Yara de Moraes, do grupo Caiçaríssimo, de São Sebastião.
Oficinas diversas para crianças, jovens e adultos também fazem parte da programação dos próximos meses e serão anunciadas nas redes sociais do @institutompumalanga.