O Corpo de Bombeiros resgatou um saruê dentro do Colégio São Sebastião, no bairro Vila Amélia, na manhã desta segunda-feira (30). Segundo o funcionário que trabalha na portaria da escola, o animal entrou tranquilamente andando pelo portão e se acomodou no corredor de acesso ao padrão de energia, permanecendo ali num sono pesado até a chegada da equipe.
Os bombeiros interromperam o descanso do marsupial e, com luvas, colocaram o saruê em um balde, onde foi transportado para local adequado na natureza. Não houve registro de vítimas.
Saruê
O gambá-de-orelha-preta é um marsupial nativo das Américas. De hábitos noturnos, o saruê é facilmente reconhecido por seu focinho pontudo, cauda longa e pelagem geralmente acinzentada. Ele carrega seus filhotes em uma bolsa, assim como os cangurus, e depois nas costas.
Ao contrário do que se pensa, o saruê não é agressivo. Quando ameaçado, costuma se fingir de morto — comportamento conhecido como “tanatose”. Esse mecanismo de defesa confunde predadores e aumenta suas chances de sobrevivência.
A espécie é aliada do equilíbrio ambiental. Sua dieta inclui frutas, insetos, pequenos vertebrados e até restos de comida humana, o que ajuda no controle de pragas urbanas. Em áreas rurais, contribui para a dispersão de sementes.
Com o avanço das cidades sobre a mata nativa, o saruê passou a aparecer com mais frequência em quintais e telhados. Embora isso gere conflitos, especialistas alertam: ele não costuma atacar pessoas ou animais domésticos sem provocação, e matá-lo ou capturá-lo é crime ambiental. Em caso de encontro, o recomendado é manter distância e acionar órgãos ambientais para manejo seguro.