Gaslight, uma relação tóxica, último trabalho de Jô Soares no teatro, e uma das peças de maior sucesso da história da Broadway, terá duas apresentações em Ubatuba. O espetáculo acontece nos dias 7 e 8 de setembro, no Teatro Municipal.
O texto, de 1938, ganhou versão no cinema em 1944, e o termo gaslight, original da peça, é popular até hoje, sendo “gaslighting” eleita a palavra de 2022. A peça retrata um casal em crise. Jack desconfia que sua esposa Bella esteja louca. Ela teme pela própria saúde mental, pois reconhece que tem agido de forma estranha. Com a ajuda de um inspetor bem humorado, a personagem é provocada a desvendar os mistérios de sua loucura.
Com elenco formado por Érica Montanheiro, Giovani Tozi, Gustavo Merighi, Mila Ribeiro e Maria Joana, o espetáculo marcaria a volta de Jô aos palcos como diretor, quatro anos após dirigir e atuar em A Noite de 16 de Janeiro.
Com cenário de Marco Lima, figurino de Karen Brusttolin, iluminação de César Pivetti, e trilha sonora original de Ricardo Severo, a montagem era cuidada de perto por Jô Soares, que trabalhou na concepção da encenação até os últimos dias.
Baseada no filme homônimo sobre abuso psicológico nos relacionamentos afetivos. No início do casamento Jack (Giovani Tozi) se mostrava doce e apaixonado. No entanto, sob a alegação de que sua mulher Bella (Érica Montanheiro) sofre de algum tipo de desequilíbrio mental, revela-se um homem impaciente e menos cordial.
A esposa sente que está ficando louca mas, ao buscar o amparo do companheiro para lidar com a suposta doença, encontra apenas a resistência do homem, que justifica não ter mais forças para lidar com a situação.
A complicação do diagnóstico de Bella é acompanhada de perto pela fiel governanta Elizabeth (Mila Ribeiro) e pela jovem e extrovertida Nancy (Maria Joana), a nova arrumadeira do casarão. Ralf (Gustavo Merighi), um inspetor de polícia, possui uma ligação curiosa com a casa, agora habitada pelo casal. Essa relação pode despertar fantasmas do passado que ainda habitam os cômodos com seus segredos, e podem revelar grandes surpresas.
A versão brasileira começou a ser gestada em 2018. “Gaslight nasceu numa noite de cinema no apartamento do Jô, quando nós dois assistíamos à versão cinematográfica, de 1944, estrelada por Ingrid Bergman. Fiz o convite arriscado para levarmos a história aos palcos e ele topou”, conta o ator e idealizador do projeto Giovani Tozi, também produtor do projeto ao lado da produtora e fotógrafa Priscila Prade.
A peça é uma homenagem a Jô Soares, um dos mais importantes homens que a cultura e a educação desse país já produziu. Jô brinda o público com uma história carregada de mistério e suspense, sem deixar de lado o humor, sentimento que sempre o guiou, em tudo o que fez na vida.
Serviço
Gaslight, uma relação tóxica
7 de setembro (sábado), às 20h
8 de setembro (domingo), às 19h
Teatro Municipal – Praça Exaltação à Santa Cruz, 22 – Centro
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