Foi rejeitada, nesta terça-feira (27), a cassação do mandato do vereador de São Sebastião, Daniel Soares (à esquerda na foto). No julgamento realizado na Câmara Municipal, seis parlamentares votaram pela cassação, mas eram necessários oito votos.
A comissão formada para apurar a denúncia concluiu que um assessor de Soares, durante ao menos dois meses, trabalhava no próprio comércio, em dias e horários que deveria estar a serviço da Câmara. O assessor Diego Vieira pediu exoneração logo depois de matéria publicada no site Tamoios News, denunciando o caso.
O parecer, assinado por Giovani Pixoxó, Wagner Teixeira e Pedro Renato, diz que o assessor se tornou “um funcionário fantasma após a abertura da própria empresa”. Além dos três, votaram para cassar Soares os vereadores Daniel Simões, Ercilio Souza e Marcos Fuly.
Já o vereador denunciado se manteve calado durante toda a discussão. Quem falou em sua defesa foi o advogado João Vicente (ao centro na foto). Ele argumentou que o cliente não poderia ser responsabilizado pela conduta de um assessor. O advogado também apontou irregularidades no processo, e avisou que recorreria à Justiça, caso o resultado da votação fosse desfavorável.
Votaram contra a cassação os vereadores Edivaldo Teimoso, Diego Nabuco, André Pierobon, Mauricio Bardusco e José Reis.
A sessão se arrastou por mais de quatro horas, devido à leitura das páginas do processo. Soares levou apoiadores e familiares, que acompanharam toda a sessão e comemoraram ao final. Houve vaia e bate-boca com vereadores favoráveis à cassação.
A comissão opinou também pela exoneração do chefe de gabinete de Soares. Ele foi acusado de atestar cumprimento de expediente, em dias que o assessor estava de férias e de licença paternidade.
Agora, a exoneração depende do presidente Fuly. Indagado pela reportagem, ele disse que iria avaliar.