Uma peixaria em Ilhabela recebeu multa de R$ 2.436, por desrespeitar o período de defeso da lagosta vermelha e vender a espécie, ameaçada de extinção. O flagrante foi na tarde desta segunda-feira (19), durante o patrulhamento e fiscalização por terra da Polícia Militar Ambiental Marítima. O comércio de pescados expunha quatro exemplares do animal em período de defeso.
O defeso é a paralisação temporária da pesca para a preservação das espécies, tendo como motivação a reprodução e/ou recrutamento, bem como paralisações causadas por fenômenos naturais ou acidentes. Para garantir a subsistência dos pescadores artesanais, o Governo Federal oferece um benefício em dinheiro durante o período em que as atividades são suspensas.
Durante a vistoria, os policiais também encontraram um exemplar de garoupa verdadeira dentro de uma caixa de isopor. A espécie, além de encontrar-se em período de defeso, consta como ameaçada de extinção na lista oficial do Ministério do Meio Ambiente. O peixe pesava oito quilos.
Segundo os policiais, o proprietário do estabelecimento acompanhou a vistoria o tempo todo. Ao saber que seria multado e teria o pescado apreendido e doado para uma instituição de caridade, de acordo com a equipe, ficou bastante alterado. Em seguida, lançou a garoupa em um recipiente contendo cloro, alegando “que se ele não poderia vender, ninguém iria se alimentar dele”.
Entretanto, o Fundo Social de Solidariedade recebeu os quase três quilos de lagosta. A Ambiental descartou a garoupa em um aterro sanitário do município.
Além da multa, o dono da peixaria foi foi preso por crime ambiental. Porém, ele pagou a fiança de R$ 700 e responderá em liberdade.