As chuvas que caem em São Sebastião não deram trégua nesta quinta-feira (25) e o acumulado no mês já chega a quase 300 milímetros. Somente o pluviômetro de Boiçucanga, na Costa Sul, havia registrado 297,51 milímetros no período de 1º a 24 de janeiro. Em Juquehy, o volume marcado era de 290,74 mm, sendo 208 mm em 96 horas.
Esses volumes estão acima do previsto para todo o mês, 246,2 mm, e a média geral de 280,1 mm. Somente na Vila Sahy, na Costa Sul, o acumulado nas últimas 72 horas foi de 91,4 mm e 204,6 mm em 25 dias, dos quais as principais marcas são de três dias. No município, o acumulado neste período foi de 155,3 mm.
Até o momento, 14 dos 16 pluviômetros instalados no município pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) ultrapassaram os 100 mm em 72 horas. O maior volume é Cambury, com 183,96 mm e Juquehy2 com 183,59. Se contar 96 horas, o equipamento de Juquehy2 contabilizou 210,76.
Os pluviômetros dos bairros Paúba, Boiçucanga, Boiçucanga 2, Toque-Toque Pequeno, Maresias, Praia das Cigarras Jaraguá, Pontal da Cruz, Enseada, Porto Grande e Morro do Abrigo ultrapassaram a média dos 100 mm.
As equipes da Prefeitura, com base no Plano Municipal de Contingência de Proteção e Defesa Civil (Plamcom) trabalham para atender 18 ocorrências registradas desde o final do dia de quarta-feira (24), como quedas de árvores, alagamentos e deslizamentos.
Não há registros de vítimas, mas 13 famílias, com 42 pessoas, estão abrigadas nas escolas municipais Professor João Gabriel de Santana, em Toque-Toque Pequeno, e Henrique Tavares de Jesus, na Barra do Sahy, devidos aos riscos provocados pelas chuvas. Elas são atendidas pelas equipes da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Social (SEDES) e Fundo Social.
A Defesa Civil monitora as áreas onde há um volume maior de chuva. Servidores da secretaria de Serviços Públicos promovem a limpeza das áreas atingidas, bem como a desobstrução de galerias.
Importante destacar que a previsão para as próximas horas é de chuva persistente na região por conta de um sistema meteorológico que atua no Sul do Brasil, mas influencia o regime de chuva de todo o Estado de São Paulo. As autoridades recomendam atenção, pois há risco para transtornos, conforme explica o meteorologista William Minhoto, da Defesa Civil do Estado.
A Prefeitura tem realizado uma série de intervenções nos bairros mais atingidos pelas chuvas de 19 de fevereiro. São cerca de R$ 600 milhões na execução de obras de drenagem, contenções, pavimentação, medidas que têm feito a diferença no atual momento.
O vice-prefeito Reinaldinho Moreira acompanha a situação junto ao Centro de Operações Integradas (COI) e nas áreas mais afetadas. Ele destaca que, por conta da atual situação, o município se encontra em estado de atenção, pois há risco de escorregamento de terra e novos alagamentos.
Todas as equipes estão de prontidão e, em caso de emergência, a população pode ligar para os telefones da Defesa Civil (199), Polícia Municipal (153) e Corpo de Bombeiros (193).
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