São Sebastião está em estado de alerta para dengue, segundo o Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde (SESAU). A prefeitura informou que o Índice de Infestação Predial (IIP) do município no mês de outubro foi de 2.9%.Nas outras três edições da avaliação realizadas neste ano, os índices apresentados foram de 1.1% em julho, 3.8% em abril e 3.3% em janeiro.
O IIP foi apontado pela Avaliação de Densidade Larvária (ADL), procedimento que avalia a infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, no município. Neste mesmo período do ano passado, o índice registrado por São Sebastião foi de 1.4%.
O aumento da incidência de chuvas e calor durante o inverno e início da primavera, períodos em que geralmente o clima é predominantemente frio e seco, pode ter causado o aumento no Índice de Infestação Predial, de acordo com o biólogo da Vigilância em Saúde, Edwil Bernardi Piva.
Os principais criadouros com água e larvas foram utensílios ou recipientes como baldes, regadores, frascos plásticos, pratos e vasos de plantas, pneus, peças de sucata, barcos, lonas e ralos externos.
Índices da dengue
Segundo Piva, o município é dividido em cinco regiões e todas com índice maior que 2.0%, o que coloca São Sebastião em estado de alerta. Porém, a região 4, que engloba Boiçucanga, Cambury e Baleia, na Costa Sul, apresentou IIP de 4.71%, indicando grande risco para a dengue.
A aferição do I.I.P. feita pelos agentes de Combate a Endemias, que vistoriam 2.306 imóveis em todo o município durante o mês de julho. Como resultado, 68 imóveis com larvas de Aedes aegypti e 39 imóveis com larvas de Aedes albopictus.
Este ano, São Sebastião já registrou 788 casos positivos de dengue. Em 2022, foram 1.096 casos da doença.
“As equipes estão trabalhando constantemente nos locais onde haviam mais larvas e também no bloqueio da transmissão da doença”, conta o biólogo.
O vice-prefeito e secretário de Saúde, Reinaldo Moreira, pede à população que mantenha as medidas de combate à dengue, a fim de eliminar possíveis criadouros do Aedes aegypti. Ele destaca que no verão, o número de casos aumenta exponencialmente. “Por isso, precisamos reforçar os cuidados com os nossos quintais e sempre guardar ou eliminar objetos que possam acumular água, principalmente após as chuvas”, alerta o secretário.