Um homem de 27 anos confessou, durante uma sessão de terapia, ter matado seu vizinho e enterrado no quintal da casa dele, na cidade de Ubatuba. A Polícia Civil localizou um corpo no local indicado por ele e a principal suspeita é que a vítima seja mesmo o vizinho, que está desaparecido desde o dia 30 de março.
Essa é a mesma data que o paciente disse ao pisicólogo que cometeu o homicídio. O também autor disse ao psicólogo que já matava cachorros, gatos e coelhos, sentia muito prazer ao realizar tais atos, e sempre teve vontade de assassinar uma pessoa.
O assassino e a vítima moravam na rua Ulisses Silveira Guimarães, bairro Ubatumirim, e haviam se encontrado no dia do desaparecimento para usarem drogas. Segundo o boletim de ocorrência, o homem confessou que enquanto conversavam, ele desmaiou o vizinho com uma mata-leão e, depois, o esfaqueou nas costas e golpeou sua cabeça com um pedaço de madeira.
O autor ainda disse ao psicólogo que foi embora após o ataque e retornou um dia e meio depois, dormiu ao lado do corpo e depois cavou a cova para enterrar a vítima no quintal, pois cheiro já estava muito forte.
Após ouvir o relato do paciente, o psicólogo buscou ajuda de um advogado. O profissional procurou a polícia e contou todo o ocorrido para o delegado.
O corpo foi levado pelos policiais para o Instituto Médico Legal, onde passará por exames de necropsia para confirmar a causa da morte e a identidade da vítima.
O homem foi preso na quinta-feira (13) e deve responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Apesar de existir o sigilo terapêutico psicólogo-paciente, em alguns casos específicos ele pode ser quebrado. Por exemplo, se o paciente demonstra risco real de auto extermínio e onde há uma confissão de crime. Nestes casos o terapeuta pode quebrar o sigilo, sem que os conteúdos das sessões sejam revelados.