Homens que fizeram a diferença na catástrofe que assolou São Sebastião em 19 de fevereiro foram homenageados em uma solenidade em celebração aos 47 anos de atuação da Defesa Civil do Estado, realizada no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista. Voluntários, forças de segurança e entidades que atuam com ações humanitárias nesse período conturbado foram tema do encontro.
A atuação da Defesa Civil em 2023 foi ainda mais importante com o trabalho de resgate e salvamento após as chuvas extremas no Litoral Norte durante o Carnaval. O maior temporal já registrado no país – 682 milímetros de chuva em 24 horas – deixou um rastro de mortes e destruição em São Sebastião.
Agentes da Defesa Civil de várias cidades, exército, bombeiros, entre outros, atuaram dia e noite para retirar mais de mil pessoas das áreas de risco, principalmente na Vila Sahy, na Costa Sul do município.
Na avaliação do prefeito Felipe Augusto, a atuação da Defesa Civil é sem precedentes. “A homenagem prestada é um reconhecimento ao trabalho dos profissionais que, em situações de emergência, atuam com seriedade e rapidez para enfrentar situações caóticas e proteger vidas. A instituição demonstra excelência técnica e dedicação, sendo essencial para a segurança do nosso município”, declarou o prefeito.
A solenidade teve a participação do governador Tarcísio de Freitas e da primeira-dama do Estado de São Paulo, Cristiane Freitas, em caráter de valorização e agradecimento a essas equipes que atuaram nas grandes operações de apoio a vítimas das chuvas em São Sebastião, além de um resgate na região de Sorocaba e da missão humanitária enviada à Turquia, após um terremoto devastador no início do ano.
“A cada dia que passa, eu admiro mais os integrantes do nosso sistema de proteção e Defesa Civil, essa turma de colete laranja a quem eu quero pedir uma grande salva de palmas”, afirmou o governador em discurso.
Medidas de proteção
Diante desse cenário, o governador anunciou algumas medidas como forma de prevenção para grandes temporais e aviso às comunidades que residem em locais de risco. Um grupo de trabalho atua na modernização do sistema de monitoramento meteorológico de São Paulo, instalação de sirenes em áreas de risco e aprimoramento do sistema de alertas por meio de telefones celulares.
Criada em 9 de fevereiro de 1976, após tragédias como os incêndios nos edifícios Andraus e Joelma e a catástrofe provocada pelas chuvas em Caraguatatuba, em 18 de março de 1967, o órgão desempenha um papel relevante para toda a população paulista em situações de desastres e emergências.
Com seu centro de gerenciamento de emergências, a Defesa Civil monitora as condições climáticas e emite alertas para todo o Estado, inclusive para risco de incêndios nos períodos de estiagem.
“A essência da Defesa Civil, de ajuda humanitária, de você ajudar as pessoas é uma coisa que faz parte da nossa vida. É estar 24 horas à disposição”, destacou o secretário-chefe da Casa Militar e coordenador de Proteção e Defesa Civil, Coronel PM Henguel Ricardo Pereira.
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