Depois de pagar R$ 300 mil em estudo de novo sistema, agora Prefeitura diz que precisa de empresa para gerir o transporte
O sistema de integração, implantado no transporte público de São Sebastião, dia 6 de dezembro, foi resultado de um estudo que custou R$ 300 mil aos cofres do município. Menos de 24 horas depois da implantação, o sistema “estudado” já teve que ser alterado na linha do Morro do Abrigo, em função dos transtornos causados aos usuários. Além dessa, outras cinco linhas já tiveram alterações de itinerários.
Para se ter uma ideia, a linha criada para circular somente na Estrada do Cascalho, em Boiçucanga, na Costa Sul, não completou um mês e já foi extinta. Aos poucos, o novo sistema vai ficando cada vez mais parecido com o antigo, contrariando o que foi definido no estudo de R$ 300 mil.
Uma semana depois da implantação do sistema, em meio a diversas reclamações, o prefeito Felipe Augusto se deu conta de que precisava contratar outra empresa, agora para prestar “assessoria na gestão do transporte”. Uma licitação foi marcada às pressas, já para esta sexta-feira (30), véspera de Réveillon, sem que o edital fosse publicado no site da prefeitura. O custo estimado ainda não foi revelado.
Na justificativa, a prefeitura diz que a contratada vai fazer serviços de contabilidade como: “apurar o subsídio mensal” e “verificar o equilíbrio econômico-financeiro do contrato”. É como se na prefeitura não tivesse ninguém capacitado para essas tarefas, necessitando a contratação de uma empresa.
A prefeitura alega também a necessidade de “construção de indicadores de qualidade”, apesar de tais indicadores já estarem descritos no contrato. Entre eles estão: cumprimento de viagens, reclamação de usuários e conservação da frota.
Como se não bastasse, a prestação de assessoria no transporte público é atribuição do chefe da Divisão de Transporte Coletivo. É o que diz a lei municipal que criou o cargo comissionado na prefeitura: “assessorar a Secretaria de Segurança na promoção de políticas públicas de transporte coletivo, por meio de estudos, relatórios e informativos relacionados ao tema”.
Questionada na tarde de ontem (29), a prefeitura não quis dar explicações.