A proposta de uma Parceria Público-Privada (PPP), para implantação de usina de tratamento térmico de resíduos, foi rechaçada nas duas audiências, realizadas pela Prefeitura de São Sebastião, terça (26) e quarta-feira (27). Ambas reuniram um público total de cerca de 150 pessoas.
A rejeição à proposta foi manifestada por todos que se inscreveram para expressar a opinião, e em votações simbólicas. A maioria lembrou que a cidade não tem um plano de gestão integrada de resíduos – documento que reúne diagnóstico, objetivos e estratégias.
Houve também questionamentos sobre os impactos ambientais da usina e o papel da reciclagem e da compostagem na proposta. A representante da cooperativa de sucata disse que a categoria não foi convidada para participar do projeto. “Fomos pegos de surpresa”, lamentou ela.
Já os representantes da Prefeitura permaneceram calados nos dois eventos. A apresentação foi feita por diretores da empresa contratada para elaborar o projeto, ao custo de R$ 238 mil.
Além da coleta e do tratamento de resíduos, a empresa parceira assumiria a limpeza de praias, varrição de ruas e até serviços de zeladoria (capina, pintura de guia), que hoje são executados por servidores e integrantes do Programa Auxílio Emergencial de Desemprego (Pead).
Em contrapartida, a população pagaria uma tarifa, substituta da taxa de lixo, e a Prefeitura complementaria com subsídio que pode chegar a R$ 3,6 milhões por mês. A empresa ainda poderia vender a energia elétrica gerada na usina.
Nesta quinta-feira (28), está prevista a última audiência, na creche do Jaraguá, bairro destinado para instalação da usina. O evento começa às 19h.