Peixe enxada é salvo de rede irregular de 150 metros em São Sebastião

Um peixe enxada foi salvo depois de ser pego em uma rede irregular de 150 metros no Canto do Mar, em São Sebastião, nesta terça-feira (12). A rede de superfície foi apreendida. O peixe, além de siris-azuis e outros crustáceos, foram devolvidos ao mar.

Segundo a Polícia Ambiental Marítima, o petrecho instalado na superfície da água colocava em risco espécies marinhas, bem como a navegação. Durante a fiscalização, nenhum barco apareceu e o dono da rede não foi identificado. Também não havia plaquetas de identificação, conforme determina a legislação pesqueira vigente.

Além disso, a rede foi colocada em área protegida, dentro do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) do Litoral Norte. A Ambiental informou que isso configura infração penal e administrativa, uma vez que o pescador não assistia o petrecho, como exigido pela legislação pesqueira. Além disso, configura crime ambiental por se tratar de “exercício irregular da pesca mediante a utilização de método não permitido”.

Risco para a vida marinha

Os policiais explicam que a rede sem presença e supervisão do pescador responsável, coloca em risco espécies marinhas que acabam morrendo enroscadas por não emergir para respirar, como é o caso das tartarugas marinhas, baleias e golfinhos, espécies em abundância em todo litoral.

Outros mamíferos afetados são as focas, leões-marinhos, lobos-marinhos e até mesmo elefantes-marinhos, semelhantemente ao que apareceu no Saco da Ribeira, em Ubatuba. Além da preocupação com a fauna marinha, de acordo com a equipe, embarcações também são prejudicadas, afinal as redes podem prender-se aos motores.

O peixe enxada

peixe enxada
Peixe Enxada (Foto: Istock)

Conhecido no Brasil como peixe enxada, a espécie deve o seu nome à forma característica do seu corpo achatado e com as barbatanas dorsal e anal em forma de enxada. É abundante em águas costeiras com pouca profundidade, desde mangais e praias a portos de recreio. Em adulto forma cardumes com até 500 indivíduos. A espécie também pode ser vista no comércio de aquarismo.

Denúncias do Litoral Norte podem ser feitas pelos telefones (12) 3842-0123  e (12) 3842-0355.

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