O ex-funcionário público Robson de Souza, conhecido como Kero-Kero, foi condenado nesta quarta-feira (2), a 18 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato do arquiteto Wesley Augusto Sant’anna, o Lelo, morto em São Sebastião, em outubro de 2018.
O júri popular comprovou a acusação de homicídio triplamente qualificado, o que inclui motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. Agora, o autor do crime deve ser transferido do CDP de Caraguatatuba para uma penitenciária, onde vai cumprir a pena.
A viúva da vítima, Paula Regina Martins Sant’anna, foi condenada, em setembro do ano passado, a 18 anos e 8 meses de prisão, por participação no assassinato do marido, com quem tinha duas filhas. Na época, ela negou participação na morte, mas confirmou ter um relacionamento extraconjugal com o assassino.
O julgamento de Kero Kero seria no mesmo dia, mas acabou remarcado após sua advogada apresentar atestado médico.
O assassinato
Lelo, de 39 anos, foi morto em casa, no bairro Varadouro. Segundo a versão dada à Polícia Militar, era por volta das 3h da madrugada quando a esposa da vítima, que estava no andar superior da casa, escutou barulhos e chamou um vizinho. Ao entrar na casa, encontraram Lelo caído com um tiro na cabeça.
A informação inicial era que ele havia morrido por conta do disparo de arma de fogo, mas o Instituto Médico Legal (IML) constatou que a vítima foi asfixiada e atingida diversas vezes com objeto cortante na cabeça.
Ainda de acordo com a polícia, levaram alguns pertences da vítima como celulares e um revólver. Lelo era ex-policial militar, mas há anos havia deixado a profissão e trabalhava na Secretaria de Obras da Prefeitura.
Segundo o delegado titular do 1º DP de São Sebastião na época, Vanderlei Pagliarini, que comandou as investigações, todos os arquivos de Whatsapp do celular do acusado foram deletados no dia do crime, inclusive o aplicativo foi reinstalado.