Viúva é condenada a mais de 18 anos de prisão pelo assassinato do marido

A viúva do arquiteto Lelo, Paula Regina Martins Sant’anna, foi condenada a 18 anos e 8 meses de prisão pelo assassinato do marido, ocorrido em São Sebastião. O júri popular emitiu a sentença na madrugada desta quarta-feira (29) após dois dias de julgamento. A defesa informou que vai recorrer da decisão. Ela tem dois filhos com a vítima.

O suposto amante da viúva, acusando de executar o homicídio, Robson de Souza, conhecido como Kero-Kero, conseguiu adiar o julgamento, após a defesa dele apresentar um atestado médico. A dupla está presa desde outubro de 2018, quando ocorreu o crime.

Wesley Augusto Sant’anna, de 39 anos, foi morto em casa, no bairro Varadouro. Segundo a versão dada à Polícia Militar, era por volta das 3h da madrugada quando a esposa da vítima, que estava no andar superior da casa, escutou barulhos e chamou um vizinho. Ao entrar na casa, encontraram Lelo caído com um tiro na cabeça.

A informação inicial era que ele havia morrido por conta do disparo de arma de fogo, mas o Instituto Médico Legal (IML) constatou que a vítima foi asfixiada e atingida diversas vezes com objeto cortante na cabeça.

Ainda de acordo com a polícia, levaram alguns pertences da vítima como celulares e um revólver. Lelo era ex-policial militar, mas há anos havia deixado a profissão e trabalhava na Secretaria de Obras da Prefeitura.

Provas do envolvimento da viúva e do amante

Segundo o delegado titular do 1º DP de São Sebastião na época, Vanderlei Pagliarini, que comandou as investigações, todos os arquivos de Whatsapp do celular do acusado foram deletados no dia do crime, inclusive o aplicativo foi reinstalado.

Peritos da Polícia Federal que recuperaram o material deletado do aparelho e, de acordo com o delegado, havia provas do envolvimento do amante com Paula Regina, como fotos e áudios.

Ainda há provas nas imagens de câmeras do Centro de Operações Integradas (COI) e das imediações do crime. Segundo Pagliarini, é possível ver o carro do indiciado nas proximidades da casa por volta das 22h20 da noite do crime e saindo às 2h35. Há também imagens do vulto de uma pessoa em um barranco no terreno vizinho à casa da vítima entre 2h25 e 2h35. Além disso, o carro deixando o local na contramão.

Também chamou a atenção que a cachorra da vítima que não deixava nenhum estranho chegar na casa, nesta data teria se comportado normalmente, não dando sinal de alerta. Para a polícia, a motivação da dupla foi financeira, já que mulher fez movimentações da conta do marido após sua morte.

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