Vereadores de São Sebastião livram prefeito de rejeição de contas

A Câmara de São Sebastião aprovou, nesta terça-feira (26), as contas da Prefeitura referentes a 2017 – primeiro ano do Governo Felipe Augusto. Nove vereadores contrariaram o parecer desfavorável do Tribunal de Contas do Estado (TCE), e votaram pela aprovação.

São eles: Daniel Soares, Felipe Cardim, Mauricio Bardusco, Daniel Simões, Pedro Renato, José Reis, Diego Nabuco, Marcos Fuly e Edivaldo Campos, o Teimoso.

Antes da votação, foi lido um parecer da Comissão de Finanças, assinado por Nabuco e Fuly. Eles concluíram que as falhas apontadas pelo TCE podem ser corrigidas e não causaram prejuízo aos cofres públicos.

Vereadores de oposição lembraram a gratificação e os 243 cargos criados naquele ano, que foram julgados inconstitucionais e motivaram a condenação do prefeito por improbidade.

“Foram gastos milhões com esses cargos e gratificação. Como dizer que não houve prejuízo?”, questionou Pierobon. “Causaram sim lesão aos cofres públicos. Não apenas em 2017, como também nos dois anos seguintes, até serem extintos por decisão da Justiça”, afirmou Giovani Pixoxó.

Para Wagner Teixeira, o parecer da Comissão de Finanças era uma cópia da defesa enviada pelo prefeito. Ele lamentou a postura dos colegas. “Tenho vergonha de ser vereador em São Sebastião”, declarou Wagner.

Confrontado, Fuly sustentou a regularidade contábil e orçamentária das contas, mas não disse nada sobre as despesas com os cargos e a gratificação. Da mesma forma, Nabuco optou em enaltecer obras e ações do governo. “Só não vê quem não quer. Eu represento a população”, disse ele.

Teimoso declarou que seu voto é político, e que não está preocupado com repercussão negativa. “Quem quiser fazer montagem com minha foto, pode fazer”, liberou Teimoso.

O vereador Mauricio se referiu à consequência que o prefeito sofreria, caso tivesse as contas rejeitadas. “Não posso tirar o direito de ninguém ser candidato”, justificou.

Já Soares, Cardim, Simões e Renato permaneceram calados durante os 47 minutos de discussão. O vereador Reis, presidente da Câmara Municipal, apenas conduziu o julgamento, sem também justificar o voto.

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