Aproximadamente 212 presos do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caraguatatuba estão inscritos para a 16ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Na região do Vale do Paraíba participam 1.339 sentenciados de unidades prisionais.
A maior competição científica do país passou por mudanças em razão da pandemia de Covid-19 e a edição, que seria realizada em 2020, foi transferida para este ano. Diferentemente dos torneios anteriores, as provas da primeira fase serão disponibilizadas na página restrita das unidades prisionais no site da Obmep. As avaliações poderão ser feitas de 30 de junho a 3 de agosto e serão aplicadas em salas de aulas instaladas nos presídios, com medidas de prevenção contra o coronavírus.
Os exames são divididos por grau de escolaridade: Nível 1 (6º e 7º anos do ensino fundamental), Nível 2 (8º e 9º anos) e Nível 3 (ensino médio). A primeira fase é composta por uma prova de múltipla escolha, com 20 questões.
No dia 9 de setembro, a organização divulgará os classificados para a segunda fase, prevista para ocorrer no dia 6 de novembro, cuja avaliação será discursiva, com seis questões.
Preparação dos presos
Com o objetivo de preparar as pessoas privadas de liberdade para o retorno à vida em sociedade, Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) e a Secretaria da Educação vêm estimulando, cada vez mais, os reeducandos a participarem da Olímpiada de Matemática.
Realizada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), a Obmep é uma realidade no sistema prisional paulista desde 2012, quando passou a ser aplicada nas unidades penais do estado.
Presos que não possuem formação escolar podem concluir os estudos enquanto cumprem pena, por meio de escolas vinculadoras instaladas dentro dos presídios, que oferecem formação dos ensinos fundamental e médio. Os reclusos também participam de cursos de línguas, profissionalizantes e do ensino superior.