A Câmara de São Sebastião ainda não abriu uma cafeteria, mas no ano passado adquiriu quantidade suficiente para preparar 2.750 litros de café. Mesmo sem possuir uma doceria, o órgão também comprou 430 quilos de açúcar, entre abril e novembro.
Nesse período, não houve sessões presenciais, o atendimento ao público foi suspenso, os gabinetes fechados e parte dos funcionários liberada para trabalhar em casa por conta da pandemia. Ainda assim, no estoque restam apenas cerca de 50 pacotes de açúcar e 10 de café.
Em uma das compras, a Câmara pagou R$ 18,27 em cada pacote de 500 gramas de café. No varejo da cidade, é possível encontrar o produto, da marca Pilão, a R$ 11. Ao todo, foram gastos R$ 11.414 somente com açúcar e café.
Outras compras que chamaram atenção foram de água mineral. Conforme descrito em notas, a Câmara adquiriu 400 garrafas de 510 ml no ano passado, ao preço de R$ 6,50 cada. Em qualquer distribuidora de bebidas, a garrafa não sai por mais de R$ 1 na compra da dúzia.
Algumas das compras causam estranheza pela disparidade de preços. Em março, o legislativo comprou 80 caixas de chá-mate por R$ 17,91 cada. O valor é quase três vezes maior do que o preço pago no mesmo item em novembro – R$ 6,07.
Papel higiênico foi mais um produto adquirido em larga escala. Em março, a Câmara comprou, de uma só vez, 2.240 rolos. Entre agosto e setembro, comprou mais 634 rolos.
Procurada pela reportagem, a Câmara não quis dar explicações.