Prefeitura culpa Câmara por obras paradas; vereador rebate: “Problema de gestão”

Uma publicação da Prefeitura de São Sebastião nas redes sociais, feita na sexta-feira (27), pretendia fazer propaganda de pavimentações na Costa Norte, mas moradores aproveitaram para questionar a paralisação das obras e o caso virou discussão entre governo municipal e Câmara de vereadores.

“As ruas Afonso Celso e Cecília vão ficar prontas antes do Natal? O progresso é bom, mas está muito lento, muita poeira, barro etc. Lembrando que nossa rua já era pavimentada há anos”, comentou um morador. “E a Avenida Penelope que vocês começaram e abandonaram pela metade? Quando chove fica um caos aqui”, escreveu outro.

Em resposta a esse comentário, a Prefeitura culpou a Câmara. “Algumas obras estão sendo paralisadas por causa da não aprovação do adiamento das parcelas de dívidas com o São Sebastião Prev (Instituto de Previdência dos Servidores). O projeto está em tramitação na Câmara desde julho”, publicou a Prefeitura.

A resposta foi editada quatro horas depois. “Em breve iremos retomar as obras”, limitou-se a dizer a Prefeitura no novo texto, tentando desfazer a cobrança à Câmara.

Mas a resposta original não foi bem recebida pelo presidente do Legislativo, vereador Edivaldo Pereira Campos, o Teimoso. “A Câmara não tem nada a ver com a falta de pagamento às empresas. É problema de gestão do prefeito”, retrucou ele, contestando a dependência da aprovação do projeto. “E se o projeto não passar na Câmara, não vai pagar?”, questionou ele.

No comentário modificado, a Prefeitura havia indicado uma matéria publicada em um dos sites que apenas replicam os textos e fotos que recebem do Departamento de Comunicação municipal.

A matéria informa que, além das ruas da Costa Norte, estão paralisadas a reforma do ginásio Gringão e as pavimentações no Pontal da Cruz, Portal da Olaria, São Francisco, Cigarras e na Estrada do Cascalho, em Boiçucanga.

Empréstimos à Prefeitura

As obras citadas são pagas com dinheiro de empréstimo. O problema é que a Prefeitura está em dívida com a previdência dos servidores. Por conta disso, não tem o Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP). Esse documento é exigido pelos bancos para liberarem mais dinheiro.

A Prefeitura quer que os vereadores aprovem a suspensão do pagamento ao instituto para obter o documento e buscar mais empréstimos para as obras.

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