Uma arara canindé e um sabiá preto foram resgatados de maus-tratos no bairro Barranco Alto, em Caraguatatuba. O proprietário das aves foi multado em R$ 8,5 mil.
A Polícia Ambiental foi chamada na quinta-feira (26) para atender a denúncia anônima de aves em cativeiro. A equipe foi recebida pelo proprietário que permitiu sua entrada. Foram localizadas as duas aves nativas da fauna brasileira; a arara estava de asas cortadas, o que caracteriza maus-tratos, inclusive, ela consta na lista de animais em extinção.
Questionado, o proprietário afirmou possuir uma nota fiscal de compra da arara, que os militares suspeitaram ser falsa, e assumiu não possuir autorização para manter o sabiá em cativeiro.
Diante disso, a ocorrência foi apresentada na Delegacia de Polícia Central de Caraguatatuba e o delegado de plantão determinou a apreensão das aves e da nota fiscal para serem periciadas.
Nesta segunda-feira (30), no Centro de Controle de Zoonoses, foi confirmado o crime ambiental contra a arara; o sabiá foi encaminhado para a Fundação Animália.
O laudo da nota fiscal ainda não ficou pronto.
Multa
Foi confeccionado o auto de infração ambiental por infringir o artigo 25 parágrafo 3°, inciso III, da Resolução da Secretaria do Meio Ambiente (SMA), 48/14 e pela prática do crime previsto no artigo 29 da resolução SMA-48/14 “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”.
O valor total da multa foi de R$ 8,5 mil.
A Arara
Animal ameaçado de extinção, sua plumagem apresenta basicamente duas cores: o azul da parte superior e o amarelo da inferior, principalmente região ventral. A garganta e as fileiras de penas faciais são pretas.
O bico é negro, forte, alto e curvado, adaptado para cortar sementes duras. O maxilar é branco, com a parte inferior negra. A arara pode atingir 80 cm de comprimento e pesar cerca de 1,3 kg.