Placas de conscientização ambiental foram alvo de vandalismo e viraram fogueira na praia do Capricórnio, região norte de Caraguatatuba. A denúncia é da moradora e coordenadora de ações de preservação no bairro, Analu Rigatto.
Um grupo de turistas teria, não apenas retirado do lugar afixado, mas também feito fogueira com as placas da praia.
As placas foram idealizadas por Analu, confeccionadas por ela e moradores voluntários do bairro e estavam espalhadas pela Praia do Capricórnio desde 2018, lembrando as pessoas de recolher seu lixo, preservar a praia, entre outras.
“Fizemos as placas com muito carinho e por cuidado com a praia, que é de todos, e vê-las queimadas partiu meu coração”, desabafou Analu.
A jovem informou que por volta da meia-noite recebeu uma mensagem de outra moradora do bairro, Milena Raphael, de que havia um grupo de 15 turistas na praia em volta de uma fogueira.
Eles estavam hospedados em uma casa de veraneio e teriam decidido aproveitar a praia à noite, mesmo com a orientação da prefeitura de não utilizá-las, medida preventiva de contágio da Covid-19.
Fogueira na praia
Segundo Milena, o grupo havia colocado algumas placas para queimar e guardado outras para “mais tarde”. A moradora se aproximou, informando se tratar de material de utilidade pública e que eles não podiam sequer fazer fogueira naquele lugar.
Junto com as placas, foram jogadas para queimar algumas folhas de coqueiro e até latas de cerveja vazias.
Analú informou, ainda, que mais cedo o grupo já havia sido orientado a não fazer fogueira embaixo do coqueiro, que é rodeado de jundu.
Queimar a árvore e a vegetação poderia trazer um dano ao bioma local, de acordo com a bióloga Priscila Junti. “Dessa forma, acender fogueira na praia não apenas é proibido, como configura crime ambiental”.
O segurança da Associação de Moradores do Capricórnio (Ascapri) foi chamado para conversar com o grupo, que negou ter queimado as placas.