O refúgio da Lagoa Azul, na Praia do Capricórnio, Caraguatatuba, um paraíso ameaçado, foi o lugar escolhido pela futura jornalista Analu Rigatto,de 22 anos, para homenagear no Dia Mundial do Meio Ambiente.
O Capricórnio é praia pouco frequentada, sem quiosques ou infraestrutura para turismo, escondida na região norte de Caraguatatuba. Ao seu redor, um bairro calmo, com casas em sua maioria de muro baixo e ruas sem asfalto.
A questão preservação ambiental é fortemente debatida entre seus moradores, que agregam o bairro Delfim Verde à causa. Várias ações de conscientização são feitas, inclusive confecção de placas de conscientização ambiental, e através de uma associação de amigos do bairro muito organizada.
Algumas destas placas sofreram vandalismo nesta semana, quando turistas as arrancaram para fazer fogueira (leia aqui).
As ruas de terra, que forma poças de lama em dias de chuva e forma sulcos no solo, não são vistas como problema, mas como cultura.
De areia grossa e ondas fortes, Capricórnio é uma praia de tombo, tão perigosa quanto bela. Atrai, sobretudo, surfistas e poetas.
A Lagoa Azul, um rio que deságua na praia do Capricórnio, formando uma espécie de lago, por muito tempo recebeu famílias da região e praticantes de Stand Up Paddle, agora está ameaçada pelo esgoto de construções clandestinas no entorno do rio.
Denúncias foram feitas e estão sendo investigadas.
“O Capricórnio é meu refúgio em meio a tanto caos. Sou muito grata pela natureza que lá se faz presente e pelo chão de terra que me permite andar descalça. Amo a simplicidade e a leveza que esse lugar me transmite”, diz a estudante.