O caraguatatubense Rodrigo Gomes, jornalista de 34 anos, que mora na Espanha há dois anos, compara a chegada do novo coronavírus (Covid-19) no país com um filme de terror. O país é um dos mais atingidos pela pandemia.
Rodrigo mora na cidade litorânea de Alicante, banhada por lindas praias do Mar Mediterrâneo e muito procurada pela população espanhola.
“Por aqui estamos vivendo dias muito difíceis. Uma espécie de filme de terror. O número de infectados chega a 11,1 mil e não para de subir; de mortos saltou de 288 para 500 nas últimas 24h”.
Gomes informa que todo o país está fechado, em quarentena. “Escolas, universidades, praias, praças, parques, restaurantes, bares, baladas. Não podemos sair de casa, exceto para ir ao mercado ou farmácia e ainda assim, apenas uma pessoa da casa; mais que uma, somos multados. A polícia está na rua e qualquer pessoa que esteja apenas passeando, é multada. A ordem é clara: não é para sair de dentro de casa!”.
A preocupação do jornalista é também de ordem econômica. “Já podemos sentir a crise batendo em nossas portas e tudo nos preocupa”. A cafeteria onde ele trabalha está fechada, os 15 dias de quarentena serão pagos pelo governo, mas não se sabe quanto tempo ainda até que o contágio seja controlado.
O governo aprovou a aceleração dos ‘Processos de Regulação Temporário do Emprego’ (demissão coletiva) devido à crise provocada pelo coronavírus e todos os trabalhadores afetados terão o direito a receber o subsídio (uma espécie de seguro) de desemprego.
Para o Brasil, Rodrigo aconselha que se comece já todos os meios de prevenção. “Obedeçam os comandos do governos e órgãos competentes. É um problema social, de todos!”.