Advogado que matou cachorro queimado pode pagar R$ 100 mil

O advogado acusado de matar seu próprio cachorro queimado, no dia 9 de novembro de 2018, em Caraguatatuba, deve responder a uma ação movida pelo Ministério Público (MP) de São Paulo por maus tratos. A indenização pode chegar a R$ 100 mil e deve ser destinada a ações em prol dos animais.

O processo do MP apresenta o resultado de exames feitos pela faculdade de medicina veterinária da Universidade de São Paulo (USP). O laudo atesta as condições da morte do cão Bonifácio, que segundo o documento, teve mais de 70% do corpo queimado equanto ainda estava vivo e acabou morto por incineração.

O advogado tributarista, ambientalista e perito ambiental L. W. Z., foi multado em R$ 6 mil pela Polícia Ambiental de Caraguatatuba na época do crime. O cão da raça Rottweiler vivia com o dono há mais de 10 anos e estaria enfrentando um câncer. Em sua rede social, o acusado se defendeu e afirmou que o cachorro estava muito doente. “Ele foi acometido de um câncer na pata esquerda, não havendo outra solução possível senão sacrificá-lo. Ele ainda pediu desculpas no caso de “meu ato ter extrapolado o entendimento dos senhores que reprovaram minha conduta, mas fiz o que tinha que ser feito”. O acusado afirmou ainda que utilizou o anestésico “Anasedan injetável” antes  de  incinerá-lo com vida.

Os policiais ambientais que atenderam a ocorrência telefonaram para a veterinária responsável pelo animal, que confirmou ter atendido ele no dia 4 de novembro e que o cachorro estava se alimentando bem, com fezes e urina normais, exame físico normal, aumento de volume em membro torácico e foi receitado anti-inflamatório; em radiografia foi diagnosticado osteossarcoma, um tumor maligno na pata. A veterinária informou ainda que não indicou cirurgia, mas um tratamento paliativo para a dor, pois o animal estava bem, sendo seu tutor avisado que o tratamento se estenderia até o animal perder qualidade de vida, onde se analisaria a possibilidade de eutanásia, quando estivesse debilitado, o que não era o caso ainda.

O crime aconteceu em um terreno baldio na Rua Jorge Burihan, Jardim Jaqueira, região central de Caraguatatuba e a causou indignação nas redes sociais após ser registrado em foto e vídeo por um morador da região.

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