Os números do MEC analisam o desempenho de alunos e escolas municipais e estaduais
Ideb é realizado a cada dois anos no Brasil (Foto: Divulgação) |
Por Daniela Malara Rossi
As cidades de Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba conseguiram atingir a meta do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) referente ao Ensino Fundamental I. Porém, nenhuma das quatro cidades do Litoral Norte conseguiu alcançar os números projetados para o Ensino Médio. No Fundamental II apenas Caraguá superou a meta prevista. Os dados são referentes ao ano letivo de 2017.
Em Ilhabela o índice saltou de 5.9 (2015) para 6.5 em relação ao Fundamental I. Porém, em relação ao Ensino Fundamental II o município recebeu 5,1 também não conseguindo superar a meta prevista que era de 5,4. No Ensino Médio, as escolas estaduais ficaram com Ideb de 3,5, longe da meta de 4,6 projetada. Ilhabela não atingia a meta do Ideb desde de 2007.
A cidade de Caraguatatuba obteve a maior evolução da região no ensino Fundamental I, com índice de 6,4 superando a meta que era de 5,9. Em 2015, o Ideb foi de 6,2. No Fundamental II a meta era 5,1 e o município chegoua a 5,2. No Ensino Médio, as escolas estaduais ficaram com nota abaixo dos 4,6, chegando a 3,8.
São Sebastião obteve 6,1 no Ideb 2017 em relação ao Fundamental I e também superou a meta que era de 5,7. Já no Ensino Fundamental II teve 5,2 ficando abaixo da meta projetada de 5,3. No Ensino Médio, o município teve os melhores resultados da região, com índice de 4,3, mas ainda abaixo da meta de 4,6.
Em Ubatuba a nota do Ensino Fundametal I foi de 5,8 também superando a meta que era de 5,7. Em relação ao Fundamental II, a cidade teve o melhor desempenho da região, com Ideb de 4,8, mas ficando ainda abaixo da meta projetada que era 5,6. No Ensino Médio a nota do município foi de 4.
Ideb
O Ideb foi criado em 2007 e é realizado a cada dois anos. O estudo reúne, em um só indicador, os resultados de dois conceitos: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações.
Ele é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho nas avaliações do Inep, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) – para as unidades da federação e para o país, e a Prova Brasil – para os municípios.
O Ideb agrega ao enfoque pedagógico dos resultados das avaliações em larga escala do Inep a possibilidade de resultados sintéticos, facilmente assimiláveis, e que permitem traçar metas de qualidade educacional para os sistemas.
O índice varia de zero a 10 e a combinação entre fluxo e aprendizagem tem o mérito de equilibrar as duas dimensões: se um sistema de ensino retiver seus alunos para obter resultados de melhor qualidade no Saeb ou Prova Brasil, o fator fluxo será alterado, indicando a necessidade de melhoria do sistema.
Se, ao contrário, o sistema apressar a aprovação do aluno sem qualidade, o resultado das avaliações indicará igualmente a necessidade de melhoria do sistema.
O Ideb também é importante por ser condutor de política pública em prol da qualidade da educação. É a ferramenta para acompanhamento das metas de qualidade do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), para a educação básica, que tem estabelecido, como meta, que em 2022 o Ideb do Brasil seja 6,0 – média que corresponde a um sistema educacional de qualidade comparável a dos países desenvolvidos.