Objetivo é proteger o meio ambiente em meio ao crescimento acelerado da cidade
Comunidades, como de Castelhanos, devem ser preservadas (Foto: Divulgação) |
Após cinco anos de estudos e negociações, o Plano de Manejo do Parque Estadual de Ilhabela foi aprovado, no dia 30 de setembro. O objetivo do documento é garantir as ações de preservação do meio ambiente e a sustentabilidade dos recursos naturais, dado o rápido crescimento da cidade. Hoje, o município lidera o crescimento populacional do Litoral Norte e atinge os 32 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O projeto é formado por um diagnóstico geral da história, fauna, flora, hidrografia, áreas de risco, fragilidade ambiental, patrimônio histórico, arqueológico e cultural, entre outros aspectos de Ilhabela. A ambientalista Gilda Nunes, do Instituto Ilhabela Sustentável, explica que a aprovação é importante para direcionar o desenvolvimento local e deve, ainda, estimular o ecoturismo e a economia. “É um documento norteador, como se fosse uma cartilha que deverá ser seguida daqui para frente para balizar processos dos mais variados temas, desde o ecoturismo, até o licenciamento ambiental”, conta ela.
De acordo com Gilda, as novas normas devem impactar de forma positiva na vida da população do arquipélago, já que visa a proteção de nascentes para garantir a continuidade dos recursos hídricos e a manutenção de encostas, para evitar acidentes por deslizamento, por exemplo. Outros pontos a serem destacados são a proteção das comunidades tradicionais caiçaras dentro e no entorno do parque, o ordenamento da ocupação e do crescimento urbano acelerado, controle de atividades industriais no canal marítimo, pré-análise de processos de licenciamento ambiental, conservação do patrimônio histórico, arqueológico e cultural.
O documento foi aprovado pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) por 25 votos favoráveis e uma abstenção. A elaboração do plano teve o envolvimento de mais de 500 pessoas, entre representantes dos poderes públicos(municipal, estadual e federal), entidades empresariais, associações e ONGs, além de moradores de comunidades tradicionais e pessoas interessadas.
“Este é um marco importante e teremos muito trabalho pela frente para colocar as diretrizes em prática”, afirma Gilda.