Peixes amazônicos vítimas de tráfico internacional são salvos pelo Ibama e Aquário de Ubatuba

Uma operação de urgência coordenada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Aquário de Ubatuba garantiu a sobrevivência de um lote de peixes ornamentais amazônicos que seriam exportados ilegalmente para o Japão.

Os animais, apreendidos no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), foram resgatados na última sexta-feira (9/11), com apenas 72 horas de oxigênio nas embalagens.

O Ibama acionou a diretoria do Aquário de Ubatuba que, prontamente, enviou o tratador Bruno e o motorista Jeferson para o resgate imediato no aeroporto. O lote era composto por diversas espécies amazônicas, incluindo o popular cascudo (Panaqolus sp. – L397).

 

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peixes

Ao chegarem, os peixes estavam em estado crítico, segundo o médico veterinário César Branco, responsável pelo acompanhamento clínico. “Os peixes apresentavam sinais de estresse e hipoxia, que é a deficiência de oxigênio devido ao tempo em embalagem fechada. Alguns tinham lesões de pele causadas, provavelmente, pela captura”, explicou.

A equipe técnica agiu rapidamente. Já no Aquário, os animais foram transferidos para tanques com parâmetros de temperatura e oxigenação estritamente controlados, iniciando um tratamento intensivo para a estabilização.

Lar temporário: O habitat fielmente reproduzido

peixes

Para a reabilitação, os peixes amazônicos foram realocados para o tanque temático do Aquário de Ubatuba, que simula com precisão o seu ambiente de origem. O local reproduz uma mata de igapó, com vegetação abundante, luz natural e um sistema de chuva, proporcionando um ambiente sustentável e ideal para o bem-estar e a adaptação das espécies resgatadas.

“O Aquário de Ubatuba tem como missão cuidar, reabilitar e dar destino adequado a animais vítimas do tráfico e de apreensões. Estamos sempre à disposição para apoiar o Ibama na preservação da nossa rica fauna aquática, reforçando o papel educativo e científico do aquário”, destacou o oceonólogo e diretor do Aquário, Hugo Gallo Neto.

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