Denúncia: Influenciadora espalha microplásticos na praia para post comemorativo

Uma influenciadora digital lançou confetes de microplásticos pela areia durante um ensaio fotográfico realizado no último sábado (25), em Ubatuba. Ela celebrava a conquista de 200 mil seguidores em suas redes sociais na Praia da Enseada, e gerou polêmica.

O incidente chamou a atenção, especialmente porque ocorreu no mesmo local que acontecia uma campanha ambiental para alertar os visitantes sobre os impactos do lixo na natureza. A ação estava sendo promovida pelo influenciador Guilherme Gomes, em colaboração com o biólogo Richard Rasmussen, que enfatizava a importância de um descarte adequado de resíduos. O grupo também se mobilizou e limpou a praia.

Gomes não mencionou a influenciadora ao compartilhar o ocorrido em suas redes, mas destacou a preocupação com o impacto ambiental. “Ela estava celebrando sua conquista em frente à nossa campanha,” disse ele, enquanto mostrava os fragmentos de plástico deixados na areia, perto do mar.

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Por sua vez, Richard Rasmussen lamentou a situação, ressaltando a urgência de se promover uma consciência ambiental. “O problema não está no uso de plásticos em si, mas na atitude das pessoas. É triste ver isso acontecendo!”, comentou, reafirmando a necessidade de escolhas mais responsáveis em relação ao meio ambiente.

O uso de confetes plásticos em eventos é um tema sensível, dado seu potencial de poluição e os impactos negativos na vida marinha. Com iniciativas como a de Gomes e Rasmussen, a esperança é de incentivar uma maior responsabilidade ambiental e ação consciente para preservar nossos ecossistemas.

O impacto dos microplásticos na vida marinha

1. Ingestão pelo animais: Muitas espécies marinhas, como peixes, crustáceos e moluscos, confundem microplásticos com alimento. A ingestão desses partículas pode levar a problemas de digestão, desnutrição e até a morte.

2. Acúmulo de contaminantes: Os microplásticos podem atuar como uma esponja para poluentes químicos presentes na água, como pesticidas e metais pesados. Quando organismos consomem esses objetos, os contaminantes podem ser transferidos para a cadeia alimentar, afetando não apenas a vida marinha, mas também os humanos que consomem frutos do mar.

3. Efeitos fisiológicos: A presença de microplásticos no organismo pode causar inflamações, toxicidade e alterações na reprodução de várias espécies marinhas. Isso pode resultar em uma diminuição das populações e em um desequilíbrio nos ecossistemas.

4. Mudanças no habitat: Microplásticos podem alterar a estrutura de habitats costeiros, como recifes de corais e prados marinhos, afetando a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos que esses ambientes proporcionam.

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