Cachoeiras: Defesa Civil orienta sobre perigo de ‘cabeça-d’água’ no Litoral Norte

Com o aumento do fluxo de turistas em rios e cachoeiras, aliado a instabilidade climática típica da estação, a Defesa Civil do Estado de São Paulo emitiu um reforço no alerta para o risco de ‘cabeça-d’água’. O fenômeno é uma das principais causas de afogamentos e acidentes graves em áreas de banho de água doce.

A ‘cabeça-d’água’ ocorre quando chuvas intensas atingem as cabeceiras dos rios nas partes mais altas da serra, provocando uma descida súbita e violenta de um grande volume de água. O maior risco reside no fator surpresa, já que, muitas vezes, o dia está ensolarado onde os banhistas estão, enquanto a tempestade ocorre quilômetros acima.

 

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Atenção aos sinais da natureza nas cachoeiras e rios

cachoeiras

Alexandre Napoli, diretor da Defesa Civil de Ubatuba, explica que a leitura do ambiente é crucial para a sobrevivência. “O grande perigo da cabeça-d’água é justamente o fato de ela ocorrer mesmo quando o tempo parece firme no local. A chuva que cai na cabeceira do rio desce com muita força e velocidade, colocando vidas em risco”, alerta.

Para garantir a segurança, é fundamental que banhistas e trilheiros fiquem atentos a mudanças repentinas no comportamento do rio. A orientação é sair da água imediatamente ao notar mudanças na cor da água, se o rio ficar turvo ou barrento rapidamente; ou presença repentina de galhos, folhas e sujeira descendo a correnteza; ou elevação súbita do nível da água ou da força da correnteza.

“Se notar alteração na cor da água, aumento da força da correnteza ou descida de galhos e folhas, a recomendação é clara: saia do local imediatamente e procure um ponto alto e seguro”, reforça Napoli.

Prevenção e áreas monitoradas

 

A Defesa Civil pede que os visitantes respeitem rigorosamente a sinalização de risco, citando como exemplo a Cachoeira do Prumirim, em Ubatuba, local de grande visitação.

A recomendação geral é evitar banhos de cachoeira em dias de previsão de chuvas fortes, mesmo que a tempestade não esteja ocorrendo no local exato do passeio.

Em caso de emergência ou ao presenciar uma situação de risco, deve-se acionar imediatamente a Defesa Civil pelo telefone 199.

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