Um sargento da Polícia Militar aposentado, de 66 anos, atirou contra o próprio cachorro na madrugada desta sexta-feira (14), no bairro Morro do Algodão, em Caraguatatuba. De acordo com o boletim de ocorrência, a ação ocorreu por volta de 1h e foi um ato de legítima defesa para se livrar de um ataque violento do animal.
O homem, que havia recolhido o cão da rua, relatou à Polícia Civil que o animal vinha apresentando comportamento agressivo nos últimos dias.
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Segundo o atirador, o ataque ocorreu de forma súbita, no momento em que o policial se preparava para sair de casa. O cão, cuja raça não foi informada, teria dado várias mordidas na região abdominal e na virilha da vítima. Em depoimento, ele informou que tentou se desvencilhar, mas o animal não cessava o ataque, que provocou ferimentos profundos e sangramento intenso.
O sargento usou um revólver calibre .38, que estava devidamente registrado, e efetuou três disparos contra o animal. Somente após o terceiro tiro, o cachorro interrompeu as mordidas.
Policiais militares foram os primeiros a chegar ao local e constataram que o sargento estava ferido e o cão, embora gravemente machucado, ainda tinha sinais vitais.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atendeu o sargento, que apresentava sinais de choque, e o encaminhou ao hospital. Os médicos alertaram para o risco de infecção devido à gravidade das lesões.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para socorrer o animal. Não há informações atualizadas sobre o estado de saúde do cão.
Legítima defesa
Na Delegacia de Caraguatatuba, o delegado Rafael Augusto Alves avaliou que a ação do sargento se deu em estado de necessidade, uma vez que o ataque representava um risco à sua integridade física.
O delegado destacou que não houve indícios de dolo ou intenção de praticar maus-tratos, mas sim a tentativa de preservar a própria vida. A Polícia Civil não lavrou auto de prisão em flagrante nem apreendeu a arma.
O caso foi registrado como lesão corporal e com base no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (maus-tratos a animais), mas sem medida restritiva imediata ao sargento. As investigações sobre o caso seguem em andamento.




