Uma tragédia assolou o bairro de Itamambuca, em Ubatuba, na noite desta terça-feira (4/11), quando um menino de apenas três anos foi atropelado por um ônibus de transporte coletivo. O acidente, ocorrido por volta das 19h10 na Rua Manoel Soares da Silva, causou grande comoção, resultando em um princípio de tumulto no local.
O motorista do coletivo da empresa SOU Ubatuba, um homem de 46 anos, relatou à polícia que parou o veículo para o embarque e desembarque de rotina. Ao retomar o percurso, ouviu gritos e constatou que a criança havia sido atingida.
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Testemunhas disseram à Polícia Civil que a vítima teria saído desacompanhada da residência e corrido em direção à rua no momento exato em que o ônibus iniciava a marcha. O condutor afirmou que não visualizou o menino.
A criança chegou a ser socorrida e levada a uma unidade hospitalar, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
A comoção da vizinhança foi imediata. Diante da notícia da morte, houve um princípio de revolta, e alguns moradores tentaram depredar o veículo da empresa.
Em meio à confusão, o motorista precisou ser retirado do local para garantir sua segurança. Um morador o abrigou em sua casa até a chegada de reforço da Guarda Civil Municipal (GCM). A GCM, por sua vez, precisou acionar a empresa para que o ônibus fosse retirado, evitando maiores danos ao patrimônio público.
O condutor permaneceu no local dos fatos até a chegada das autoridades e se submeteu voluntariamente ao teste do bafômetro, que deu resultado negativo, descartando o consumo de bebida alcoólica. Ele prestou depoimento espontaneamente na delegacia.
Inquérito para investigar o caso
No despacho inicial, o delegado plantonista classificou o caso como uma fatalidade imprevisível, sem identificar, em uma análise preliminar, indícios de imprudência, negligência ou imperícia por parte do motorista. Com base na colaboração do condutor e na inexistência de elementos concretos de culpa inicial, ele não foi preso em flagrante.
Apesar da conclusão inicial, a Polícia Civil determinou a abertura de um inquérito para apurar todas as circunstâncias do acidente. Além disso, foi feita uma perícia técnica no local e no veículo , que posteriormente foi removido para a garagem da empresa.
A polícia vai ouvir vizinhos, passageiros e representantes comunitários e colher imagens e eventuais câmeras de segurança. O caso foi registrado, a princípio, como homicídio culposo no trânsito, e as investigações seguem em andamento.