A Polícia Civil de São Sebastião abriu um inquérito para investigar o ex-prefeito Felipe Augusto por supostos atos ilícitos cometidos durante seu mandato. A investigação foi solicitada pela 3ª Promotoria de Justiça de São Sebastião e se baseia em provas compartilhadas pela Polícia Federal, obtidas durante a Operação Recidere.
Uma decisão judicial da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo autorizou o compartilhamento das provas para uma apuração autônoma.
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De acordo com a portaria da Polícia Civil, Felipe Augusto é suspeito de receber 10% do valor de um contrato firmado entre a Prefeitura de São Sebastião e a empresa Neobrax LTDA. O contrato era para o fornecimento de testes de Covid-19 e produtos sanitizantes.
A Neobrax, controlada pelos sócios ocultos Leonardo Meirelles e Cleber Azevedo, realizou vendas de mais de R$ 3,1 milhões em kits de testes de Covid-19 e R$ 144.010,00 em produtos sanitizantes para o município.
Uma planilha encontrada no notebook de Leonardo Meirelles indica que a Neobrax já havia faturado mais de R$ 2,2 milhões em testes de Covid com o município até 29 de junho de 2021.
Além da suposta propina, o material probatório aponta outros benefícios que teriam sido recebidos pelo então prefeito, como pagamentos de viagens de helicóptero e a transferência de um imóvel.
O inquérito foi instaurado pelo delegado Tadeu Ricardo de Castro, que determinou que sejam realizadas as oitivas dos envolvidos, a pesquisa nos terminais da Prodesp/Muralha e a juntada dos documentos relacionados ao caso.
A equipe do Nova Imprensa tentou contato com o ex prefeito, que até o fechamento dessa edição, não deu retorno.