Trabalhadores da UTGCA encontram larvas em refeições de restaurante conveniado

Trabalhadores terceirizados que atuam na Unidade de Trabalho de Gestão e Controle Ambiental (UTGCA), vinculada a Petrobras, em Caraguatatuba, encontraram larvas em refeições servidas por uma cantina conveniada próxima do local. Segundo a denúncia, o estabelecimento, contratado pela empregadora para atender mais de 250 pessoas todos os dias, ofereceu carne contaminada com larvas, fezes de rato e outros problemas sanitários.

Os episódios teriam acontecido durante os almoços dos dias 9 e 10 de maio. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caraguatatuba (Sintricom) afirmou que o caso não é isolado. Segundo a entidade, já houve outras reclamações relacionadas à qualidade da alimentação no restaurante.

Na manhã desta quarta-feira (14), o sindicato se manifestou oficialmente. O grupo notificou autoridades, incluindo o Ministério Público do Trabalho e a Vigilância Sanitária Municipal, solicitando vistoria no estabelecimento.

Eles pedem que o local seja interditado imediatamente para garantir a saúde dos trabalhadores. Os trabalhadores também querem a realocação do pagamento das refeições para locais que atendam às normas de higiene e segurança alimentar.

O presidente do sindicato, Marcelo Rodolfo da Costa, também entregou uma carta ao responsável pela cozinha da cantina conveniada, exigindo providências imediatas.

Larvas: riscos à saúde e descumprimento de normas

larvas

 

De acordo com o Sintricom, a situação viola as Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho. A NR-24 estabelece padrões de higiene para refeitórios, enquanto a NR-7 determina obrigações para garantir a saúde ocupacional dos trabalhadores, incluindo a segurança na alimentação fornecida.

“O consumo de alimentos contaminados pode causar intoxicações e doenças, colocando em risco a saúde dos funcionários, além de afetar sua produtividade e dignidade”, alertou o diretor Davi Pereira.

Diante da gravidade da situação, o sindicato solicitou a suspensão do funcionamento da cantina até que uma vistoria da Vigilância Sanitária de Caraguatatuba seja realizada e o local seja regularizado. Caso a intervenção não seja atendida, o sindicato ameaça paralisar as atividades dos trabalhadores até que seja garantido um local adequado para as refeições.

Os trabalhadores também exigem que as empresas contratadas pela UTGCA fiscalizem e garantam condições higiênicas para refeições temporariamente, enquanto o problema é resolvido.

A reportagem do jornal Nova Imprensa tentou contato com a cantina, mas não obteve resposta até o momento.

 

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