Comunidade trans recebe apoio para retificação de nome em Caraguatatuba

Em alusão ao Dia Internacional da Visibilidade Trans, a ativista Thífany Félix, de 54 anos, prepara uma live, no próximo domingo (2), das 17h às 21h, para que pessoas trans compartilhem suas histórias e a sociedade possa fazer perguntas, buscando melhor entendimento sobre as vivências da comunidade. Ela também vai auxiliar quem precisa retificar nome e sexo nos documentos oficiais. A transmissão será feita pelo Instagram (clique aqui) e Facebook (aqui).

Em um cenário ainda desafiador para a comunidade trans, Thífany se destaca como uma voz ativa na luta pelos direitos e pela visibilidade de travestis e transexuais do Litoral Norte. Em entrevista ao Nova Imprensa, a auxiliar de enfermagem compartilha sua jornada pessoal, marcada por conquistas e desafios significativos, e se dedica a promover mudanças para o grupo que representa.

Sobre a importância do Dia Internacional da Visibilidade Trans, ela vê na data a luta contínua da comunidade. “É um momento de celebrar nossas vidas, em um país que ocupa a triste posição de líder em assassinatos de travestis e transexuais”, enfatiza.

Ela também vê na retificação de nome e sexo um passo fundamental para a afirmação de identidade. “Esse processo pode ser realizado em Caraguatatuba com a apresentação de documentos e o pagamento de uma taxa, e estou sempre disponível para orientar sobre esse caminho”, afirma.

Sou trans: O começo da luta

trans

Desde criança, Thífany sabia que não se encaixava nos padrões de gênero. “Com sete anos, tive meu primeiro contato com a homossexualidade. Aos 22, assumi minha bissexualidade e, aos 34 anos, finalmente reconheci minha transexualidade”, relembra.

“Finalmente, aos 49 anos, fiz retificação de nome e sexo em meus documentos e passei a me chamar Thífany Félix”, comemora.

Com um extenso currículo que inclui formação em enfermagem, atuação em conselhos municipais de saúde e cultura, Thífany foi a primeira mulher trans a se candidatar à prefeitura de Caraguatatuba. Além disso, a partir de março, assume a presidência do Fórum LGBT+ Litoral Norte.

Um dos maiores desafios enfrentados por ela foi a resistência da sua família durante sua transição e a dificuldade de se inserir no mercado de trabalho. No entanto, sua luta não foi em vão. Motivada pelo preconceito enfrentado e pela necessidade de representar aqueles que passaram por vivências similares, ela se tornou uma ativista proeminente pelos direitos das pessoas trans.

Sua trajetória reflete o compromisso com a defesa dos direitos da população trans, ao mesmo tempo que cuida da mãe de 92 anos, acamada e com doença de Alzheimer (DA). O transtorno neurodegenerativo afeta a memória, o pensamento e o comportamento.

Conquistas para a comunidade

Thífany destaca a conquista da implantação do processo transexualizador em Caraguatatuba, que permitirá que travestis e transexuais realizem suas hormonizações com acompanhamento médico. “Foi um triunfo sentir que, após anos de luta, conseguimos esse reconhecimento e um acesso essencial à saúde”, celebra.

A ativista também menciona uma mulher transexual idosa que sonhava em ser reconhecida e chamada como mulher, mas enfrentava dificuldades financeiras. “Embora a arrecadação não tenha sido muito significativa, consegui juntar apenas R$ 50 na época, eu estava trabalhando e tinha um salário confortável. Então, decidi presenteá-la, e essa foi uma das experiências mais gratificantes da minha vida”, emociona-se.

Ao refletir sobre as mudanças que deseja ver para a comunidade trans, Thífany expressa o desejo de um futuro mais inclusivo e respeitoso. “Não espero ver essas mudanças em minha vida, mas plantei sementes para que futuras gerações possam viver com mais dignidade”, afirma.

Por fim, Thífany deixa uma mensagem de esperança: “Peço à sociedade que seja mais acolhedora. Que as pessoas leiam sobre nossas experiências e que entendam que somos iguais em dignidade e direitos. A aceitação é o primeiro passo para um futuro melhor”.

Para aqueles que procuram suporte, Thífany recomenda organizações locais, como a UAMI, em Caraguatatuba, que oferece acompanhamento psicológico e assistência no processo de transição. Ela também disponibiliza seu Whatsapp (12) 98133-5345, para tirar dúvidas e oferecer orientações.

6 Replies to “Comunidade trans recebe apoio para retificação de nome em Caraguatatuba”

  1. bbw with huge knockers gets her pussy worked.weneedporn.online
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    Respeito, mas não apoio,pois isso é e sempre será contra a lei estabelecida do Deus todo poderoso ,ele formou homem e mulher ,condenou sodomia e gomorra por suas perversões sexuais ,homem com homem e mulher com mulher,destruindo essas cidades.

  2. Concordo, se respeitasse guardaria a opinião pra dar na sua igreja, sua religião não é a certa pois não existe certo ou errado, o que existe é opinião de cada um pra ficar pra si mesmo! Eu sendo uma mulher nascida, hetero e cristã não me incomodo de que a thifany se identifique como uma mulher também, isso não me atrapalha em nada…

  3. A Tifany é uma pessoa maravilhosa, foi ela que nos orientou e pagou pela registro de nascimento da idosa. A entrega do novo documento foi em um evento sobre nome social .
    Foi lindo ❤️ Que outras mulheres trans possam ter a mesma oportunidade. Amo você minha amiga linda .

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