Crise da água: Prefeito de Ilhabela quer rompimento de contrato com a Sabesp

A cidade de Ilhabela vem enfrentando diversos problemas de abastecimento de água desde o início do período de seca no estado de São Paulo, há cerca de um mês. Com as crescentes reclamações sobre transtornos e prejuízos para moradores e o comércio local, o prefeito Antônio Colucci registrou um boletim de ocorrência contra a estatal no início de setembro e, agora, anunciou o plano de romper o contrato e municipalizar o serviço.

Em nota, a Prefeitura de Ilhabela informou que, na quarta-feira (16), foi realizada uma reunião com representantes da Sabesp, secretarias municipais de Governo, Meio Ambiente e Jurídico, além de vereadores. Durante o encontro, o prefeito questionou a empresa e manifestou insatisfação sobre o serviço realizado pela companhia.

A Sabesp se comprometeu a apresentar, nos próximos dias, metas e ações para os próximos 12 meses, que serão avaliadas pela gestão municipal. Com base nessa análise, será decidido se o contrato com a companhia será mantido ou rompido.

Colucci reforça que, caso as propostas da Sabesp não atendam às expectativas e necessidades da população, que tem manifestado crescente insatisfação com os serviços prestados, será dado prosseguimento ao processo para tornar o serviço responsabilidade do próprio município.

Em recentes entrevistas, o prefeito reeleito da ilha expressou publicamente sua decepção com a gestão do Governo do Estado de São Paulo. “Apoiei o Tarcísio e o Felício e eles esqueceram de Ilhabela. Me pediram um prazo de um ano e meio para tratar sobre os problemas na cidade que são competência do Estado e infelizmente, esse acordo não foi cumprido. O Felício seria o interlocutor de tais demandas, por ser da região, mas ele provou que realmente não representa o Vale do Paraíba e Litoral Norte”, destacou Colucci.

A Sabesp informou que a situação se deve a nova realidade climática e os mananciais registrando menos precipitações. A empresa diz que as equipes seguem trabalhando nas captações para aumentar o volume e normalizar o abastecimento. A empresa inclusive já havia emitido um alerta pedindo uso consciente dos consumidores para reduzir os reflexos da seca.

Durante as fases mais críticas, a companhia atende escolas, unidades de saúde, hospitais e outros atendimento emergenciais com caminhões-tanque.

Balsa

O prefeito também vem expressando publicamente a frustração com a situação da travessia de balsas, um serviço também gerido pelo estado. Ele criticou a falta de agilidade e eficiência na implementação de melhorias, algo que prejudica tanto os moradores quanto os turistas que visitam Ilhabela. Ele afirmou que a busca por autonomia na gestão desses serviços essenciais será uma das principais pautas de sua administração.

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