Mexilhões: Consumo de moluscos bivalves é parcialmente liberado

Em um novo anúncio do Governo do Estado de São Paulo, na segunda-feira (19), foi dada a autorização para retomada da extração e comércio de moluscos bivalves, incluindo mariscos, mexilhões e ostras. A decisão cobre áreas específicas como a praia das Cigarras, em São Sebastião, e Itapema, em Ilhabela.

A liberação segue a partir dos resultados das coletas realizadas recentemente, nos dias 13 e 14 de agosto, pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, através da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA).

A mudança revoga a suspensão anteriormente imposta sobre o consumo e comércio de moluscos provenientes das fazendas marinhas nas áreas monitoradas. Contudo, a proibição persiste nas áreas de Toque Toque, em São Sebastião, Ubatuba, e Cocanha, em Caraguatatuba.

Os moluscos

A proibição do consumo dos moluscos aconteceu no começo de agosto, com a detecção de microalgas tóxicas da espécie Dinophysis acuminata. Leia aqui.

Estas algas produzem pelo menos dois compostos químicos: o ácido ocadáico e as dinofisistoxinas, que são responsáveis por intoxicações agudas.

O quadro é exclusivamente gastrointestinal: diarreia, vômitos, dores epigástricas e abdominais, fraqueza muscular e cefaleias. Estes sintomas podem surgir desde as primeiras horas até 24 horas após o consumo e a diarreia pode durar até três dias.

Ieda Blanco, médica-veterinária e gerente do Plano Estadual de Monitoramento dos Moluscos Bivalves, destacou a importância contínua da colaboração dos produtores para assegurar que apenas produtos não contaminados alcancem os consumidores.

A suspensão inicial foi motivada por relatórios de coletas de água realizados entre 28 de julho e 5 de agosto de 2024 pela Companhia Ambiental do Estado De São Paulo (Cetesb) e pela CDA que revelaram níveis elevados de biotoxinas marinhas.

Desde 2021, o Plano de Contingência para Gestão Integrada de Riscos Associados a Florações de Microalgas Tóxicas está em operação, garantindo a segurança no consumo através de decisões cautelares.

Novas coletas estão planejadas para alcançar um monitoramento abrangente de todas as áreas de cultivo no litoral paulista, apesar de adversidades climáticas e logísticas que têm atrasado o progresso nas análises em certas regiões.

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