Em um desfecho judicial importante, o homem acusado de assediar a suplente de vereadora de São Sebastião, Pauleteh Araújo, e outras duas mulheres durante uma viagem de ônibus, foi condenado, nessa terça-feira (6). Agora, W. S.N.O deve cumprir pelo menos um ano e cinco meses de prisão em regime fechado.
O crime aconteceu no dia 27 de outubro do ano passado, quando Pauleteh retornava de uma consulta médica em Bertioga. na ocasião, ele chegou a expor suas partes íntimas. Além dela, outras duas mulheres também foram vítimas: uma grávida com duas crianças pequenas e outra jovem de 21 anos. As acusações contra W. S. incluíram gestos obscenos e toques indesejados, que levaram a uma intervenção policial imediata e à sua prisão em flagrante. Leia aqui.
No julgamento, a defesa apresentou o histórico de problemas com álcool e drogas do réu, argumentando que ele estava a caminho de uma casa de recuperação em Caraguatatuba. W. S. afirma ter perdido o controle após consumir álcool durante a viagem.
Apesar disso, a juíza Jade Marguti Cidade aceitou as provas de materialidade e autoria do crime, que incluíam vídeos feitos por Pauleteh. O resultado foi a condenação do réu com base no artigo 215-A e artigo 70 do Código Penal.
A condenação incluiu um aumento de pena devido à presença de uma mulher grávida e crianças entre as vítimas. Inicialmente fixada em um ano e quatro meses de reclusão, a pena foi ajustada por conta de uma confissão espontânea, resultando em um total de um ano, cinco meses e 23 dias de reclusão, devido aos maus antecedentes do acusado, bem como a gravidade do delito.
O alívio de Pauleteh
Pauleteh Araújo expressou gratidão pela justiça feita, ressaltando a importância da denúncia para dar voz a todas as mulheres vítimas de assédio. “Sinto um grande alívio com a condenação do homem que me assediou, assim como a uma mulher grávida e a uma criança. Saber que ele está fora das ruas e que outras mulheres estarão protegidas enquanto ele estiver preso é uma vitória”, declarou.
“Infelizmente, casos como esse acontecem todos os dias. Centenas de milhares de mulheres passam por isso constantemente, com seus assediadores permanecendo impunes. Que isso sirva de exemplo para homens que praticam assédio e encoraje as mulheres a registrar provas e denunciar. Além disso, é urgente que os transportes públicos forneçam orientações para ajudar a coibir e combater o assédio”, concluiu.